Um estudo feito por pesquisadores de cinco universidades do país aponta que Florianópolis flexibilizou as medidas contra o coronavírus nas horas erradas, enquanto o vírus avançava, e que isso contribuiu para que a capital catarinense, que chegou a ficar 30 dias sem mortes por Covid-19, tivesse aumento brusco de casos e óbitos em poucas semanas.
Florianópolis tem mais de 3 mil casos da doença e 57 mortes, segundo boletim estadual publicado no domingo (2). Na cidade o transporte coletivo está suspenso por decreto estadual, assim como em outros 208 municípios, e está proibido ir a locais públicos, incluindo praias. Comércio de rua, bares, restaurantes e shoppings podem funcionar, mas têm restrição de horários. A capital chegou a ser exemplo no país: a 10º morte por Covid-19 só foi registrada em 19 de junho pelo estado, com três meses de pandemia. Vitória (ES), com população menor, tinha 200 mortes na mesma data e em seis capitais, mais de mil pessoas já tinham morrido.
No entanto, o número de casos cresceu mais de cinco vezes nas semanas seguintes em Florianópolis. Os cientistas já sabiam que, quando houvesse flexibilização, haveria mais casos e mortes. Mas o que o estudo feito por 10 pesquisadores de várias instituições afirma é que a prefeitura da capital relaxou a quarentena nas horas erradas, o que pode ter contribuído ainda mais para o crescimento dos números.
Foto: divulgação