A companhia aérea Latam vai iniciar um processo de demissão de, no mínimo, 2,7 mil pilotos e comissários. O corte equivale a 38% do total de tripulantes, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). A empresa informou da medida por nota enviada à imprensa nesta sexta-feira, 31. “A Latam é a maior e mais antiga das três empresas que atuam no Brasil e remunera mais os tripulantes tanto em voos domésticos quanto em internacionais, por isso, a empresa tem a necessidade de equiparar-se às práticas do setor”, informou a companhia em nota.
A empresa abriu nesta sexta, 31, o processo de pedido de demissão voluntária, que deve ser feito até terça-feira, 4. Depois disso, começam os desligamentos. A Latam chegou tentar negocionar um empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Contudo, as negociações não avançaram. A onda de demissões vem após o fracasso nas negociações com o SNA, que representa a categoria. Os tripulantes da Latam votaram por não autorizar que o sindicato negocie com a empresa mudanças definitivas no modelo de remuneração. O acordo proposto pela empresa envolvia redução permanente de salário como forma de manutenção dos postos de trabalho.
Por conta do coronavírus, a Latam teve prejuízo líquido de US$ 2,12 bilhões, o equivalente a R$ 11,32 bilhões, no 1º trimestre de 2020 e chegou a entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Além dos Estados Unidos, a operação de recuperação envolve afiliadas em mais 4 países (Chile, Peru, Colômbia e Equador).]
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