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ECONOMIA DA ESPANHA ENCOLHE 18,5% NO SEGUNDO TRIMESTRE

Redação - 01/08/2020 14:00 - Atualizado 01/08/2020

A economia espanhola registrou uma queda histórica de 18,5% no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, em consequência do confinamento decretado para interromper a epidemia do novo coronavírus, segundo dados desta sexta-feira (31) do Instituto Nacional de Estatística (INE). A Espanha entra tecnicamente em recessão, após acumular queda no PIB em dois trimestres consecutivos. Esta é a maior contração desde que a série INE começou em 1970 e é 13,3 pontos superior à segunda maior queda trimestral da série, que foi de 5,2% no primeiro trimestre.

O tombo na economia espanhola é mais forte do que a queda de 13,8% da França, que foi anunciado nesta sexta, e do que a queda de 10,1% da Alemanha, informado na quinta-feira (30). A evolução do PIB entre abril e junho é consequência de uma contribuição negativa da demanda nacional (consumo e investimento) de 16,6 pontos e da demanda externa (exportações e importações) de 1,9 pontos. O emprego medido em horas trabalhadas caiu 21,4%, uma redução superior à destruição de empregos equivalentes em período integral, que diminuiu 17,7%.

Com a economia estagnada por causa da pandemia, o consumo das famílias despencou 21,2%; investimento, 21,9%; investimento em habitação e construção, 25%; e o investimento em bens de capital, 25,8%. As despesas das administrações públicas cresceram 0,4%, 1,4 ponto a menos que no trimestre anterior, mas ainda encadeando quatorze trimestres em alta. As importações caíram 28,8%, enquanto as exportações caíram 33,5%. O único setor econômico que permaneceu positivo no segundo trimestre foi a agricultura, que cresceu 4,4% trimestralmente, enquanto a indústria afundou 18,5%; serviços, 19,1%; e construção, 24,1%.

No setor de serviços, apenas as atividades financeiras e de seguros avançaram 3,4%, enquanto o comércio e transporte registraram a maior contração, 40,4%. Na comparação anual, a queda do PIB atingiu 22,1%, comparada à queda de 4,1% no trimestre anterior, e é cinco vezes maior que a segunda maior da série, que foi de 4,4% no segundo trimestre.

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