O prefeito ACM Neto finalmente reconheceu que a pandemia do coronavírus está em declínio em Salvador, como afirmou em primeira mão o portal Bahia Econômica ( veja aqui). Neto afirmou que a capital já vive um momento “mais tranquilo” em relação a pandemia. Disse que a taxa de ocupação de leitos está caindo, ficando em 68% na quinta-feira, quando já chegou a 88% no auge da pandemia. Disse também que nesse dia registrou-se o maior saldo entre o número de altas de pacientes e o de internamentos, chegando a 35. Neto informou também que o número de sepultamentos em cemitérios muncipais caiu de forma significativa.
“Os indicadores comprovam que o pior já passou”, disse o prefeito, mas preocupado em manter a situação atual, acrecentou: “Precisamos continuar mobilizados para que não aconteça um crescimento da doença”. Neto atribuiu os bons resultados ao fato da Prefeitura ter tomado medidas fortes e duras, a exemplo do fechamento de bairros.
Apesar das declarações do Prefeito, se o leitor for buscar os dados sobre o número de mortes em Salvador na Secretária Estadual de Saúde ou nos jornais da TV Globo ou no site G1 vai tomar um susto: nos boletins o número de mortes está aumentando. Isso ocorre porque a metodologia utilizada pela Secretária Estadual de Saúde inclui óbitos de até um mês atrás nas estatísticas diárias. Por exemplo: na quinta-feira (30) citada pelo prefeito, o número de mortos em Salvador foi de menos de 20% do que o dado oficial divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde e pelo consórcio de veículos de imprensa de cerca de 44, pois a maior parte deles foram casos antigos somente contabilizados nesse dia, como admite a própria secretaria. A Prefeitura de Salvador não divulga o número de mortes diárias.
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Dados do G1 – em 31/07 distorcidos pela metodologia da Sesab, incluindo mortes nos últimos 30dias nas mortes diárias