O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, comentou nesta quarta-feira (29) as críticas do atual procurador-geral da República, Augusto Aras, à operação Lava-Jato que foi conduzida por Moro, quando juiz.
Moro disse desconhecer qualquer “ilícito” cometido pela Lava Jato. Ele afirmou ainda que “a Lava-Jato foi construída em todas as instâncias, inclusive no STF”, disse ao blog de Andréia Sadi, no G1.
O procurador-geral da República Augusto Aras, disse ontem (28) que a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba tem armazenadas informações sobre 38 mil pessoas, que correspondem a um volume de dados maior do que todo o sistema único do Ministério Público Federal. “Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos”, ponderou. “Todo o MPF, em seu Sistema Único, tem 40 terabytes. A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados [nele]. Ninguém sabe como [esses nomes] foram escolhidos, quais foram os critérios”, prosseguiu. De acordo com Aras, 50 mil documentos estão “invisíveis à corregedoria-geral” do MPF.
O procurador ainda criticou a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo. Segundo ele, a equipe paulista construiu “uma metodologia de distribuição [de processos] personalizada em que membros escolhem os processos que querem”.
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