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WAGNER NEGA QUE VAI DEIXAR O SENADO PARA ASSUMIR SECRETARIA DE RUI

Redação - 23/07/2020 13:00 - Atualizado 23/07/2020

Ex-governador da Bahia, o senador Jaques Wagner (PT-BA) negou que vá assumir o cargo de secretário de Relações Institucionais no governo de Rui Costa (PT) no estado, mas confirmou que pretende atuar para unir a base para as eleições deste ano. A pasta está ocupada de forma interina por Jonival Lucas Júnior, ex-prefeito de Sapeaçu e ex-deputado federal.

Em entrevista a Rádio Metrópole, Wagner disse que tem linha direta com o governador para tratar do tema, mas que o petista está focado na situação da pandemia de coronavírus na Bahia. “Estou conversando com os partidos e candidatos tentando tirar problemas em nossa base. A base é muito grande e às vezes tem conflito entre dois candidatos. Às vezes você consegue resolver, outras não. Estou cuidando. Mas não tem nenhuma ideia de eu vir a assumir. Quem está hoje é Jonival Lucas Júnior, que está assumindo interinamente, e eu estou, pelo meu passado e relação com toda base e classe política, estou ajudando. Mas não tem nenhuma discussão entre eu e ele sobre isso. Não acho conveniente eu vir a assumir uma secretaria de Relações Institucionais. Já fui governador, prefiro trabalhar junto com Rui e ao lado dele como estou fazendo”, disse o senador.

Questionado sobre o pleito deste ano, onde serão eleitos os prefeitos e vereadores, Wagner reforçou o desejo de manter a base do governo unida. “A eleição de 2020 está tão estranha, estou esperando passar essa pandemia e a eleição de 2020 para poder conversar sobre 2022. Mantenho a posição que já disse outras vezes.Para mim, a joia da coroa é a unidade do nosso grupo político. Montamos um grupo há 12 ou 13 anos atrás, ele foi adensando e hoje é um grupo que todo mundo conhece. Essa unidade é minha preocupação e de Rui”, afirmou.

O senador comentou a avaliação do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o governador Rui Costa na gestão da crise do coronavírus. De acordo com o parlamentar, os números positivos e a popularidade dos gestores tranquiliza soteropolitanos e pode gerar uma espécie de “dor de cabeça boa”. “Os dois têm uma avaliação da população lá em cima por conta disso. Mas, na hora de escolher, evidentemente que cada um tem a concepção. Eu respeito a do prefeito e tenho a minha. Nós teremos a nossa candidatura ou as nossas candidaturas. Não creio que Rui vá ter só um candidato vinculado a ele. Creio que podemos ter três candidaturas como eu tive em 2008”, afirmou Jaques Wagner.

“Vai ocorrer uma grande dúvida na cabeça do soteropolitano. Todos os dois trabalharam bem. O povo vai ver a quem vai dar um voto de gratidão ou de reconhecimento. Vamos ver que bicho vai dar em novembro. Ainda acho que muita água vai rolar. Em tempos de rede social, eleição se define nos últimos 15 dias”, acrescentou.

Foto: divulgação

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