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JORNAL A TARDE: ARMANDO AVENA: SALVADOR SUPEROU O PLATÔ E A COVID-19 ESTÁ EM QUEDA

admin - 23/07/2020 06:53 - Atualizado 23/07/2020

O número de casos e de mortes por Covid-19 em Salvador está em queda, a cidade já superou o platô e os indicadores mostram redução expressiva de casos e mortes. Os índices são os seguintes: o número de novos casos de Covid-19 na cidade, que chegou a atingir 1500 por dia,  caiu pela metade, e nos últimos cinco dias registrou uma média de 750 novos casos. O número de mortes em Salvador, que atingiu seu pico em 24 de junho, quando morreram 42 pessoas, caiu cerca de 80% e a média de mortes no últimos cinco dias foi de 9 pessoas. As duas curvas mostram que a cidade superou o platô e agora registra descenso tanto de mortes quanto de casos. As informações são do Consórcio de Órgãos de Imprensa, com dados da  Secretaria Estadual de Saúde.

A Sesab informa ainda que houve queda abrupta na transmissão de Covid-19 em Salvador, pois a taxa de crescimento médio de casos nos último 5 dias – que era de 2,42% em 03/07 – caiu para  0,52%, ficando entre as 30 mais baixas.  Por outro lado, a taxa de ocupação das UTIs, que segue caindo, ainda não caiu abaixo de 70% por causa dos casos vindos de outros municípios, mas o secretário municipal de Saúde, Léo Prates, declarou recentemente que o número de pessoas nas UPAs no sistema de regulação , que era em média de 30 pessoas, caiu para 9 nos últimos dias e está se reduzindo.

Esses dados demonstram que o governo do Estado e a Prefeitura de Salvador fizeram um excelente trabalho, fazendo refluir a pandemia sem que houvesse o colapso do sistema de Saúde, como ocorreu em outros estados. E, por isso, tanto estado quanto prefeitura deveriam estar comemorando. E, no entanto, nenhuma palavra sobre esses números, nenhum balanço da situação,  e a cidade permanece assustada acreditando estar no clímax da pandemia, quando ela está visivelmente em queda. Enfim, há mais mistérios na Covid-19 do que sonha nossa vã filosofia.

É possível que o silencio das autoridades tenha como objetivo não estimular as pessoas a saírem às ruas, pensando que a pandemia acabou, até porque no interior do Estado ela segue crescendo. Além disso, no momento em que fase 1 da reabertura da economia vai ser iniciada, nesta sexta-feira,  se faz necessário o cumprimento estrito dos protocolos, inclusive a espera de 14 dias para dar início a fase 2, para que assim o vírus não volte com força. Mas a população soteropolitana precisa saber o que realmente está acontecendo: esse é o papel da imprensa. No mais fica a constatação de que, apesar de contido, o vírus está ativo, o contágio pode voltar a crescer e a população precisa continuar se protegendo.

Veja os mapas que mostram que a pandemia está em queda

A VOLTA DO ESTALEIRO

O estaleiro Enseada, que empregava 5 mil pessoas em Maragogipe e precisou fechar, vai voltar a operar e construir  dois porta-contêineres a partir de janeiro de 2021. O Estaleiro assinou um memorando de entendimento irrevogável com a Petrocity Portos, empresa do Espirito Santo, que obteve um financiamento do Fundo Nacional de Marinha Mercante no valor de 340 milhões para a fabricação dos dois navios cuja construção deverá ter início a partir de janeiro de 2021. São embarcações de 1.500 pés destinados ao transporte de cabotagem A previsão é de geração de 750 empregos. A Petrocity vai também construir um complexo portuário no município de São Mateus, no norte do Espirito Santo.

                                                   OS SERVIÇOS E REFORMA TRIBUTÁRIA

A reforma tributária encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo federal preserva os bancos. Ela estabelece que as atividades produtivas pagarão 12% de imposto na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), enquanto os bancos, que nada produzem, pagarão só 5,8%. Mas o pior é que, embora tenha mantido a carga tributária, a reforma faz remanejamentos e atinge o coração do Setor Serviços, que gera 70% do PIB baiano e brasileiro. Se aprovada, vários segmentos do setor, que atualmente pagam 3,65% da receita bruta de PIS e Cofins, vão pagar 12%. São serviços de educação, segurança, informática, hotelaria, telecomunicações, aviação e outros. Após a queda, com a pandemia, vem o coice.

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