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EMPRESAS DE TURISMO, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, SAÚDE E OUTRAS TERÃO ALÍQUOTA DE IMPOSTO 3 VEZES MAIOR, NA REFORMA TRIBUTÁRIA

Redação - 23/07/2020 09:22 - Atualizado 23/07/2020

O jornalista e economista Armando Avena destacou, em sua coluna no jornal A Tarde, nesta quinta-feira, que micro e pequenas empresas dos segmentos de turismo, hotelaria, educação, segurança, informática e outras do Setor Serviços vão ter um enorme aumento de custos se for aprovada a proposta de reforma tributária enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional.

“A reforma tributária encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo federal preserva os bancos. Ela estabelece que as atividades produtivas pagarão 12% de imposto na Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), enquanto os bancos, que nada produzem, pagarão só 5,8%. Mas o pior é que, embora tenha mantido a carga tributária, a reforma faz remanejamentos e atinge o coração do Setor Serviços, que gera 70% do PIB baiano e brasileiro. Se aprovada, vários segmentos do setor, que atualmente pagam 3,65% da receita bruta de PIS e Cofins, vão pagar 12%. São serviços de educação, segurança, informática, hotelaria, telecomunicações, aviação e outros. Após a queda, com a pandemia, vem o coice”, escreveu o economista na sua coluna.

Avena afirma que a sugestão de  desoneração da folha de pagamento para compensar o aumento do imposto, proposta por algumas lideranças, pode  não ser suficiente para resolver o aumento de custos.

“A proposta de reforma tributária do governo prevê triplicar a alíquota do imposto que incide sobre o setor serviços e a desoneração não será suficiente para cobrir o aumento de custos. Na verdade, o governo descobriu que o Setor Serviços é quem gera 70% do PIB brasileiro e colocou o “olho gordo da tributação no setor”, esquecendo que o dinamismo do segmento, composto de micro e pequenas empresas, vai desaparecer com o aumento do imposto”, afirmou o economista.

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