O número de casos confirmados no mundo desde o início da pandemia do novo coronavírus passou de 14 milhões na noite, mostra levantamento da Universidade Johns Hopkins. O total de mortes pela Covid-19 chegou a 600 mil. Com isso, levou apenas quatro dias para que o mundo registrasse mais um milhão de novos casos — de acordo com a agência Reuters, é o ritmo mais rápido desde que o novo coronavírus foi descoberto, no fim de dezembro. Para se ter uma ideia, do primeiro caso ao milionésimo, passaram-se mais de três meses.
Os Estados Unidos, país mais atingido pela pandemia em números absolutos, registrou mais de 77 mil casos somente de quinta para sexta-feira — uma máxima diária. Por lá, onde governos estaduais tiveram de retroceder no relaxamento das medidas, mais de 3,6 milhões de pessoas se infectaram com o novo coronavírus, e a Covid-19 matou 139,1 mil. Em seguida, também em números absolutos, vem o Brasil, que atingiu 2 milhões de infectados e mais de 77 mil mortes por causa do novo coronavírus. Nesta sexta, a média móvel de óbitos pela doença se manteve acima de 1 mil pelo 15º seguido. Veja no VÍDEO abaixo.
A situação também é preocupante na Índia, que nesta semana superou 1 milhão de casos do novo coronavírus. O país chegou a adotar o mais amplo lockdown no mundo no início da pandemia, mas os casos explodiram com o tempo e com o relaxamento das medidas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem reforçando que a pandemia ainda acelera no mundo. No caso do Brasil, o órgão explicou que o país atingiu um platô — ou seja, uma estabilidade, ainda que em patamares muito altos, nos números do coronavírus.
“Há um platô, há uma oportunidade agora para o Brasil diminuir a transmissão do vírus e assumir o controle. Até agora, em muitos países, incluindo o Brasil, o vírus está no comando, ele define as regras. Precisamos definir as regras para o vírus” – Michael Ryan, diretor de emergências da OMS. Ryan afirmou que, apesar da estabilização das novas infecções no Brasil, o país ainda está “no meio da batalha” e ainda não conseguiu diminuir o número de casos e mortes. O diretor alertou que é preciso virar o jogo e “definir as regras para o vírus”.
“Não vemos um aumento nos casos diários como vimos em abril e maio”, começou Ryan descrevendo a situação brasileira. Depois, “houve um grande aumento de casos entre junho e julho” até que o país alcançasse o platô atual. “O que não aconteceu ainda foi uma queda [nos novos casos no Brasil]”, alertou o diretor.
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