A média móvel de mortes do Brasil aumentou pelo quarto dia consecutivo, chegando a 1.081. A instailidade no Sudeste é um dos fatores que preocupam. Comparada com a de duas semanas atrás, a média móvel de SP nesta quinta-feira aumentou 21%, passando de 227 para 274. E a de MG cresceu 55%, saindo de 36 para 56. O Espírito Santo apresenta tendência de estabilidade. Já o Rio de Janeiro entrou ontem na tendência de estabilidade, mas, nesta quinta-feira, voltou ao estágio de queda. A indefinição pode ser explicada por conta de uma instabilidade no sistema e-SUS, que não possibilitou recolher os dados diários corretamente.
“A curva de SP é preocupante, porque chegou muito cedo e ainda não está caindo, porque nunca fez um lockdown rigoroso. Os números, pelo momento que chegou, já deveriam estar caindo dia a dia”, diz Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas e coordenador geral da EpiCovid-19. As informações são do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Os dados são coletados diretamente com as secretariais estaduais de saúde.
A “média móvel de 7 dias” faz um cálculo do número de mortes do dia em relação aos seis anteriores. Ela é comparada com média de 14 dias anteriores para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
Projeções do centro saúde de combate ao coronavírus em São Paulo apontam que o estado deve registrar, até o fim de julho, 600 mil casos da doença e 26 mil mortes. Hoje, há 402.048 contaminados. E 19.038 pessoas morreram por complicações da Covid-19 em São Paulo. Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, o governo do estado também anunciou um “placar epidemiológico de testagem”. Os dados trazem informações sobre o histórico de testes no estado desde o início da epidemia.
O Brasil está com uma média móvel de mortes estável, mas alta. Apesar de o país estar em um platô, os estados se comportam de maneira diferente, apresentando queda, crescimento e estabilidade. Apresentam tendência de alta Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Estão em estabilidade o Pará, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Espírito Santo. Demonstram tendência de queda o Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.
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