Um impasse entre prefeitura e lojistas impede a formalização de acordo para reabertura dos shoppings na capital baiana. Segundo o prefeito ACM Neto (DEM), parte dos comerciantes não aceita a proposta da gestão municipal e do governo da Bahia, que querem a testagem obrigatória de pelo menos 20% dos funcionários dos estabelecimentos como protocolo de segurança para retomada das atividades. Eles alegam não ter recursos para arcar com os custos da medida.
No entanto, a proposta dos 20% é uma flexibilização da original, que previa a testagem de todos os funcionários, também contestada pelos lojistas. Em entrevista coletiva nesta manhã, o prefeito afirmou que está negociando com os comerciantes para chegar a um denominador comum. Para ele, a decisão sobre o assunto precisa sair ainda nesta sexta-feira (17). A expectativa do prefeito é de que a fase 1 de retomada da economia, que inclui os shoppings, seja ativada no final da próxima semana.
“Alguns lojistas já concordam com esse número [20%], outros não concordam. Consenso entre prefeitura e governo existe, estamos na conversa final com os lojistas para que haja consenso com eles. Esse assunto não pode passar de hoje, de ser definitivamente resolvido”, explicou Neto, durante inauguração de tenda com 100 leitos exclusivos para Covid-19, no Hospital de Campanha montado pela prefeitura no Wet’n Wild, na Avenida Paralela. Outra alternativa dada pela prefeitura e pelo governo estadual é que a segunda testagem dos funcionários aconteça 28 dias após a primeira, e não em 21, como proposto inicialmente.
Neto disse entender as razões dos lojistas que não concordam com a regra, mas ponderou que ela é importante para dar segurança aos clientes que queiram comparecer aos shoppings. “Não podemos deixar de ter um mínimo de proteção e segurança para essa retomada. Não adianta o shopping abrir, se não tiver cliente consumindo. Ele irá ao estabelecimento na medida em que perceber que o ambiente é seguro. Todas essas cláusulas são em benefício dos comerciantes. Isso vai dar mais força ainda para que, quando houver a reabertura, haja cliente e haja consumo”, argumento, ao destacar que o protocolo também visa estimular o consumo nesta retomada.
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