Segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda, existem cerca de 10,3 milhões de trabalhadores estavam afastados do trabalho na quarta semana de junho em decorrência do isolamento social. Na primeira semana de maio, esse contingente somava 16,6 milhões de trabalhadores – uma queda de 6 milhões em sete semanas.
A coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, ponderou que essa redução não significa, necessariamente, que a flexibilização da quarentena em diversas cidades do país permitiu que os trabalhadores reassumissem seus postos de trabalho. “Isso é resultado de pessoas que podem estar retornando ao trabalho, mas também devido a um possível desligamento dessas pessoas do trabalho que elas tinham”, analisa Maria Lúcia.
Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 26,9 milhões de pessoas disseram que gostariam de trabalhar, contingente que ficou estável tanto em relação à semana anterior quanto à primeira semana de maio. Dentre estes, cerca de 17,8 milhões disseram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Na comparação com a semana anterior, esse continente foi reduzido em 500 mil pessoas. Já na comparação com a primeira semana de maio, quando este grupo somava 19,1 milhões de pessoas, houve queda de aproximadamente 6%. “A pandemia vem, cada vez mais, deixando de ser o principal motivo que as pessoas alegam para não ter procurado trabalho”, avaliou a gerente da pesquisa.
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