A pandemia de Covid-19 está refluindo em Salvador e a cidade está em condições de entrar na Fase 1 da reabertura proposta pela Prefeitura de Salvador e pelo Governo do Estado. Os gráficos de casos e de mortes em Salvador mostram uma queda abrupta após a cidade ter atingido o pico no dia 24 de julho. Nesse dia, Salvador registrou 42 mortes, o pico de óbitos registrados, mas desde então esse número vem caindo de forma exponencial e nos últimos 5 dias estabilizou-se em 12 mortes diárias.
Para se ter uma ideia do que isso representa, Fortaleza, que tem população semelhante a de Salvador, reabriu a economia, inclusive bares, restaurantes e academias, com média diária de 36 mortes por dia, o mesmo número de São Paulo, enquanto o Rio de Janeiro fez o mesmo com uma média de mortes de 45 dias. Os gráficos da Secretaria Municipal de Saúde e do G1 mostram que pandemia atingiu o pico em Salvador durante o São João e desde então vem registrando queda abrupta em casos e mortes.
Em Salvador as mortes diárias caíram cerca de 70%, quando se compara a semana entre 22 e 28 de julho e a última semana de julho. No entanto, o Prefeito ACM Neto e o governador Rui Costa condicionaram o início da fase 1 apenas a um indicador: a queda na taxa de ocupação das UTIs para atingir 75% ou menos, quando a própria Prefeitura reconhece que 40% dessa ocupação são de pacientes vindos do interior.
Mantendo esse parâmetro, a reabertura só ocorrerá na última semana de julho, já que o Prefeito prevê que só na próxima segunda-feira será alcançado tal patamar e ainda será necessário esperar cinco dias nesse patamar para dar o start da retomada das atividades econômicas. Empresários ouvidos pelo Bahia Econômica elogiam o trabalho do prefeito e do governador mas afirmam que já passou da hora a reabertura do comércio.