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CONSTRUÇÃO CIVIL VENDE REMOTAMENTE NA PANDEMIA

Redação - 14/07/2020 13:30 - Atualizado 14/07/2020

Pesquisa realizada pela Juntos Somos Mais – maior ecossistema do varejo da construção civil, que contempla mais de 75 mil varejistas e mais de 20 empresas do setor da construção, aponta que 86,3% dos proprietários de lojas de materiais de construção em todo o país acreditam que vão passar pela crise com algum impacto, mas sem problemas maiores.

Com objetivo de aprofundar e entender ainda mais o cenário brasileiro em relação ao setor da construção civil, a Juntos Somos Mais ouviu 1.456 proprietários de todas as regiões brasileiras entre os dias 12 e 16 junho para entender o funcionamento das lojas de materiais de construção civil ao longo das diferentes localidades brasileiras durante a pandemia.

O setor da construção civil foi considerado essencial em diversas regiões do país. Dessa forma, poucas lojas estavam totalmente fechadas em maio (4,5%). No mês de junho, com a flexibilização do isolamento social em várias regiões do Brasil, o número caiu (1,2%). Entretanto, o maior destaque vai para a quantidade de lojas totalmente abertas, isto é, sem restrição de horário de atendimento (+19,3 p.p em junho vs maio) .

Em maio, as lojas totalmente abertas representavam 56,0% enquanto as lojas abertas com redução de horário era de 39,5%. Já em junho, as lojas totalmente abertas passou para 75,3% e as lojas operando com redução de horário para 23,5%. Apesar de a maior parte das lojas estarem abertas e funcionando normalmente, a maioria está realizando controle de acesso: cerca de 79,2% estão funcionando com restrições.

Mesmo com a maior abertura das lojas, os diferentes formatos que o varejista encontrou para para vender durante a crise seguem ganhando espaço. Em maio, 43.6% das lojas possibilitaram a compra remota com entrega e em junho, esse número saltou para 60,6%. A compra remota com retirada na loja era oferecida apenas em 11,9% das lojas em maio e passou para 30,9% em junho.

Consequentemente, o telefone e principalmente o WhatsApp ganharam relevância quando comparado com o período pré-COVID. Antes da pandemia, o principal canal de vendas em 90% das lojas era o cliente presencial, seguido por 4,8% do telefone e 3,8% do WhatsApp. Após a pandemia, a venda presencial caiu para 60,4% enquanto o WhatsApp assumiu o segundo lugar com 20,3% e o telefone aumentou para 17,0%.

Em relação ao futuro da loja, foi percebido um forte crescimento no número de proprietários (86,3%) que não veem forte impacto no negócio: cerca de 43,1% acreditam que vão atravessar a crise com problemas graves, 43,2% acredita que sofrerá algum impacto, mas sem maiores problemas.

Quando perguntados sobre o impacto da pandemia no faturamento de 2020, 60,6% enxergam que não haverá impacto no faturamento em 2020 – um crescimento de quase 40 pontos percentuais na comparação com a pesquisa de maio. O otimismo com relação ao volume de vendas do ano está presente em todas as regiões do País, sendo que o maior crescimento dessa percepção está no Nordeste, que viu um salto de 45,7 pontos percentuais na proporção de proprietários que preveem 2020 sem impactos.

A projeção positiva por parte dos proprietários de lojas de materiais de construção é refletida também na quantidade de varejistas que apontaram não ter precisado tomar crédito até o momento. A pesquisa aponta que 61,5% dos lojistas não precisaram de auxílio de crédito. Entretanto, dos 38,5% restantes, apenas 39,0% destes conseguiram captar nas condições que precisavam; 20,9% captaram em condições desfavoráveis, 30,5% desistiram por conta de condições “não aceitáveis” e 9,6% tiveram sua solicitação reprovada.

A evolução da confiança na continuidade do negócio e a perspectiva de crescimento demonstra a forte resiliência que o setor da construção civil obteve em relação aos impactos da COVID 19 no país. “A construção civil passou cinco anos com decréscimo do PIB e o varejo aprendeu a viver na crise, tornando-o mais preparado para enfrentar esse momento. Há muita resiliência e criatividade no setor, mas há muito ainda o que fazer, especialmente na digitalização do varejo”, comenta Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais.

Foto: divulgação

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