O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) deve anunciar ainda essa semana mais uma minirreforma ministerial no seu governo. O ex-psl ainda não está 100% recuperado da covid-19 anunciada semana passada mas não parou de fazer reuniões para falar sobre sua gestão. Uma das novidades será recriação do Ministério da Segurança Pública, integrado à pasta da Justiça desde o início do governo atual, com o objetivo de obter maior apoio e aproximação de policiais militares na sua gestão. A informação é do Estadão.
Parte da categoria reclama por não ter um representante entre os ministros que defenda seus interesses, como acontece com outros grupos, a exemplo dos evangélicos e militares das Forças Armadas. Representantes da PM enxergam que a volta do órgão da Segurança e um comando ligado à categoria podem ajudar a intensificar apoio da corporação ao presidente. Entre os nomes que poderiam assumir o ministério, o mais forte é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM), amigo de longa data e ex-colega no Exército de Bolsonaro.
Aconselhado por auxiliares e parlamentares a ampliar sua “agenda positiva” na relação com outros Poderes e substituir os ministros do Meio Ambiente Ricardo Salles e das Relações Exteriores Ernesto Araújo. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a reportagem ambos contam com o apreço do presidente e do núcleo ideológico, porém são considerados problemáticos e vistos como entraves para o avanço de acordos comerciais internacionais.
A condução da política ambiental de Salles é apontada como um empecilho para acordos comerciais bilaterais e, até mesmo, para que o País receba investimentos externos. Já Ernesto Araújo, alinhado a Olavo de Carvalho, o motivo é a necessidade de alguém mais pragmático à frente do Itamaraty. Em uma reunião no gabinete da Vice-Presidência ontem (29) o governo discutiu a estratégia de reação às cobranças internacionais. Parlamentares se queixam sobre a atuação de Salles e Araújo, enquanto isso, a Câmara tenta acelerar a votação de projetos ambientais, diante de críticas internacionais sobre a gestão do setor no governo brasileiro.
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