O governador Rui Costa (PT) e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), registraram pequenas quedas na popularidade nessa última pesquisa do Grupo A Tarde em parceria com o Instituto Data Poder360. A leve redução da taxa de aprovação segue uma tendência verificada no resto do país nas últimas duas semanas, período em que governadores e prefeitos parecem ter piorado suas imagens.
Na Bahia, a avaliação positiva do governador caiu de 52% para 48% e a negativa subiu de 15% para 18%. Quando se olha apenas para Salvador, Rui Costa segue bem avaliado, com 60% dos soteropolitanos afirmando considerar seu governo como ótimo ou bom. No entanto, esse número representa uma queda de cinco pontos percentuais em relação há 15 dias, quando a avaliação positiva de Rui Costa na capital era de 65%
A mesma situação ocorre com o prefeito ACM Neto, que segue bem avaliado, ainda melhor que o governador, com 71% de ótimo e bom. Mas assim como Rui Costa, o número aponta uma queda de quatro pontos percentuais em comparação com a pesquisa DataPoder360 do final de junho, quando ACM Neto apresentou 75% de avaliação positiva em Salvador.
No país, de forma geral, a avaliação de governos estaduais e prefeituras piorou significativamente nesta rodada da pesquisa DataPoder360. A avaliação positiva média dos governadores caiu de 41% no final de junho para 34% agora, enquanto a avaliação positiva das prefeituras foi de 38% para 30%. É um forte indício, concluiu a pesquisa, de que as consequências políticas da pandemia, do distanciamento social e da crise econômica começaram a afetar as realidades locais.
Quando se recorta por região, os governadores do Nordeste são os mais bem avaliados com 53% na média geral. Na outra ponta estão os chefes dos Executivos estaduais do Sul e Sudeste com apenas 26% de ótimo ou bom. Os governadores do Norte vêm logo em seguido com 28% de aprovação em média, enquanto os do Centro-oeste ficaram com 34% de ótimo ou bom na última pesquisa.
Para o cientista político Rodolfo Costa Pinto, diretor do DataPoder360, é difícil apontar uma razão única para a queda na popularidade dos governares. “São várias razões e em cada estado e cidade, as realidades são diferentes. Porém, de maneira geral, parece ser um cansaço generalizado dos meses de distanciamento social e da vida sob a Covid-19”, avalia Costa Pinto.
Ele acredita também que movimento pode ser visto também como um retorno à média da popularidade dos gestores locais. “É preciso observar que governadores e prefeitos conseguiram aumentar suas taxas de popularidade logo no início da crise e mantiveram esse aumento por algum tempo. Agora, com quase quatro meses de pandemia, esses números começam a voltar ao patamar anterior”, explicou.
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