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BAHIA MANTÉM CURVA DE MORTES DA COVID-19 EM ALTA. VEJA A NOVA FORMA DE DIVULGAÇÃO

Redação - 10/07/2020 07:01

A Bahia mantém sua curva de mortes por covid-19 em ascensão. É o que mostra o gráfico divulgado pelo novo mecanismo do consórcio de imprensa que tem ajudado no esclarecimento dos números da covid-19 no Brasil. O G1 e os telejornais da Globo e da GloboNews passam a divulgar, a partir desta quinta-feira (9), dados mais detalhados sobre a pandemia de Covid-19 no Brasil. Esses indicadores vão permitir mostrar onde as mortes causadas pelo novo coronavírus estão aumentando, diminuindo ou estáveis.

Além dos números de casos e mortes atualizados diariamente usando os dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de informações das secretarias estaduais de Saúde, será divulgado um indicador recomendado por especialistas e adotado por diversos veículos da imprensa internacional: a chamada média móvel. (Veja ao final desta matéria os gráficos da média móvel no Brasil e nos estados).

Como os dados de Covid-19 podem ter variações diárias muito grandes que não têm relação com o avanço do vírus, como atrasos nos registros, falta de testes, entre outros problemas, o novo modelo busca reduzir esses efeitos. Ao adotar o critério da média móvel, os gráficos passam a mostrar o número de casos e mortes de cada dia em barras, e uma linha mostrará a média dos últimos 7 dias. Ela é móvel porque os números de um dia são carregados para a média seguinte, se movem.

“Muitos laboratórios não funcionam nos finais de semana, as pessoas que notificam, que preenchem o sistema de informação eletrônico, também não trabalham no final de semana e muitas fichas são acumuladas durante o final de semana. E, quando a gente observa terça, quarta-feira, tem um aumento expressivo dos casos, que é justamente esses exames que estavam acumulados”, diz o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da UFMS.

Para calcular essa média, soma-se o número de mortes ou casos nos últimos 7 dias e divide-se o resultado por 7. Por exemplo: o total de mortes no estado de São Paulo na primeira semana de julho foi 1.712. Dividindo por 7, chegamos ao número médio de 245 por dia nesse período. Quando a gente acompanha a variação dessa média ao longo do tempo, é como se, em vez do retrato de um instante, a gente tivesse um vídeo da evolução da pandemia, o que ajuda a compreender melhor o comportamento da doença. Segundo os infectologistas, é um indicador mais fácil e mais preciso para entender os rumos da Covid-19 no país.

“A média móvel vai dar uma tendencia maior, né, se esses casos estão subindo, se estão caindo naquela região. O dado agrupado é bem mais fidedigno do que o dado diário. E a gente não consegue ver essa modificação tão facilmente”, diz o infectologista Alberto Chebabo.

Foto: divulgação

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