sexta, 22 de novembro de 2024
Euro 6.105 Dólar 5.8331

PRODUÇÃO DE VEÍCULOS CAI NO 1º SEMESTRE, DIZ ANFAVEA

Redação - 06/07/2020 14:35 - Atualizado 06/07/2020

A produção de veículos no Brasil caiu 50,5% no 1º semestre de 2020, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela associação das fabricantes, a Anfavea. A comparação com o mesmo período do ano passado, 2019, mostra o efeito da pandemia do coronavírus na indústria. Foram produzidos 729.527 automóveis, comerciais leves (picapes e furgões), caminhões e ônibus de janeiro a junho deste ano, contra 1.474.305 do ano passado. O desempenho é o pior para o setor nos primeiros 6 meses do ano desde 1998. Somente em junho, foram 98.708 unidades contra 233.150 no mesmo mês do ano anterior, uma queda foi de 57,7%. Em relação a maio, a produção cresceu 129,1%. Os números, segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, já eram esperados, uma vez que mais montadoras voltaram a produzir em junho.

Exportações seguem baixas

Nos seis primeiros meses do ano, as exportações de veículos caíram 46,2%. Foram 119.485, contra 222.027 em 2019. Relacionando apenas os meses de junho dos dois anos, a queda foi maior, de 52%. Porém, junho ensaiou uma recuperação em relação a maio, com crescimento de 401,4%. Mesmo assim, o número ainda foi baixo: 19.405 unidades. A explicação para as quedas, segundo o presidente da associação, é o efeito da pandemia nos principais mercados importadores, como Chile, Colômbia e Equador. A Argentina, além da questão da Covid-19, também já vinha sofrendo com uma crise econômica interna.

Vendas se recuperam

Assim como o balanço divulgado pela Fenabrave, a Anfavea apontou para uma queda de 38,2% nas vendas de veículos novos. Foram comercializados 808.824 no 1º semestre deste ano, contra 1.308.174 do mesmo período de 2019. Quando comparados os meses de junho, a redução foi de 40,5%, chegando a 132.818. Em comparação com o mês anterior, junho teve crescimento de 113,6% nas vendas, como reflexo do relaxamento do distanciamento social em grande parte do país. O destaque fica para os caminhões que, apesar de sentirem os efeitos da pandemia no semestre, foram os únicos que cresceram em relação ao mês de junho do ano passado, de 16,5%. Para Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, com foco em caminhões, são três os motivos para o crescimento: o represamento dos meses anteriores, a renegociação de unidades que seriam entregues no início da pandemia, mas foram adiadas para o mês de junho, e a entrega de implementos.

Foto: Divulgação/Volkswagen

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.