O jornal Folha de São Paulo afirma nesta sábado que Salvador viveu uma explosão dos casos de Covid-19 nos últimos 40 dias. Nos dez maiores bairros da periferia da capital baiana, havia 458 infectados registrados em 22 de maio, número que saltou para 5.949 em 1º de julho. O crescimento foi de mais de 1.200%, o que mostra um avanço recente mais acelerado nos bairros mais pobres. Levando em conta os 163 bairros de Salvador, o crescimento no mesmo período foi de 420%.
Ao todo, a capital baiana registrou 36,8 mil casos da Covid-19 e 1.234 mortes pela doença até sexta-feira (3). O número de pacientes graves também cresceu: a capital tinha neste sábado (4) uma ocupação de 84% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Segundo a reportagem, o índice de isolamento social declinante seria o maior motivo e os números são considerados alarmantes pelas autoridades de saúde. Autoridades locais avaliam que houve afrouxamento do isolamento social pela população justamente no período mais crítico da pandemia. Por outro lado, veem como positivo o fato da máscara facial ter sido adotada pela quase totalidade das pessoas nas ruas da cidade baiana. Em bairros da periferia, kits com três máscaras de tecido são vendidos por R$ 10.
Salvador ainda mantém regras mais rígidas comparada a outras capitais do país. Seguem fechados os shoppings, academias, salões de beleza, escolas e estabelecimentos comerciais com mais de 200 metros quadrados, com exceção de supermercados. Mas já houve flexibilização em alguns setores. Desde o dia 1º de junho, foram autorizadas a funcionar clínicas, concessionárias, lavanderias, açougues, lojas de decoração e de matérias elétricos.
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