O advogado Frederick Wassef mantinha um controle rígido sobre Fabrício Queiroz no período em que ex-assessor de Flávio Bolsonaro esteve escondido em Atibaia, indicam testemunhas e mensagens interceptadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Wassef nega que tenha monitorado Queiroz.
Cronologia do caso Queiroz
Queiroz é suspeito de operar um esquema de “rachadinha” no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na época em que ele era deputado estatual no Rio de Janeiro.
A imagem de uma amizade recente, mas intensa. O vídeo gravado no último réveillon ficou de recordação. Ao centro está Fabrício Queiroz. Ao lado, a mulher dele, Márcia Oliveira Aguiar. E do outro lado, o empresário Daniel Bezerra Carvalho.
Daniel é dono de uma loja de uma conveniência em Atibaia. Ele contou que conheceu Queiroz há um ano na loja, e que o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro costumava vir almoçar ou jantar. Muitas das vezes, acompanhado da mulher, Márcia, e de uma funcionária do advogado Frederick Wassef, Ana Flávia Rigamonti.
“Eles ficavam tranquilos, sempre muito tranquilos e em alguns momentos eu percebia que ficavam um pouco apreensivos e iam embora. Às vezes iam embora. Não sei por que”, conta Daniel Bezerra Carvalho, dono da loja de conveniência.
Repórter: “Essa apreensão era seguida de alguma coisa? Era seguida de algum contato, seguida de alguma conversa, você conseguia perceber isso?”
Daniel Bezerra: “Às vezes tocava o telefone e eles iam embora. Mas eu não sei detalhar o que, quem era ou porquê”.
Os investigadores suspeitam que o motivo dessa aparente preocupação de Queiroz eram os telefonemas de Frederick Wassef para o celular de Ana Flávia. O Jornal Nacional apurou com pessoas que conviveram com Queiroz em Atibaia que Wassef ficava irritado quando descobria que ele estava fora de casa. Quem também reclamava do controle exercido por Frederick Wassef era a mulher de Queiroz, Márcia.
Foto: divulgação