Em junho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou queda de 25,2%, sendo que em maio a variação havia sido de 28,9%. O indicador atinge o seu menor patamar da série histórica, iniciada em 2012, com 60,9 pontos. A escala vai de 0 a 200 pontos, sendo abaixo de 100 pontos considerado um patamar de pessimismo e, acima dos 100 pontos, otimismo.
Segundo avaliação do consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, desde o início da crise em março, o ICEC já acumula perda de 51,2%. “O que chama a atenção é o alto grau de pessimismo em relação ao momento atual”. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) apontou retração de 51,1% entre maio e junho e atinge 30,5 pontos. Desde março, a redução foi de 71,3%.
Cerca de 94% dos empresários consideraram que a situação da economia atual piorou em relação ao ano passado, divididos entre 19% que responderam que as condições pioraram um pouco e 75% que disseram que pioraram muito.
O IBGE havia divulgado o pior resultado para o setor varejista na Bahia em 14 anos. A queda em abril foi de 33,2% e a Fecomércio-BA estimou um prejuízo de R$ 1,74 bilhão.
“Não havendo um quadro de uma melhora no curto prazo, as intenções de investimentos e contratações, por consequência, diminuem”, explica Dietze. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) caiu 11,7% em junho e atinge os 62,7 pontos. Especificamente o indicador de contratação, houve redução, desde março, de 48%.