As manchas de óleo que voltaram a aparecer nas praias de Salvador na última semana têm origem na bacia petrolífera venezuelana, mesma do desastre ambiental que ocorreu no ano passado. A conclusão, que saiu nesta segunda-feira (29), é do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Igeo/Ufba).
O material encontrado em Piatã, Jaguaribe, Rio Vermelho e Pituba surgiu com uma aparência preservada, pouco desgastado pelo tempo e demais agentes, o que surpreendeu os pesquisadores, que acreditam que o óleo pode ter ficado preso no fundo do mar e está reaparecendo nas areias devido às mudanças climáticas com a chegada do inverno.
A conclusão foi feita a partir de um procedimento chamado de geoquímica forense, com a identificação da presença de biomarcadores — popularmente apelidado de “DNA” do óleo, verificado a partir da detecção de organismos e identificação da era geológica em que estes viveram — e também da técnica de fingerprint, que, por sua vez, é uma espécie de “eletrocardiograma” capaz de revelar a quantidade de compostos no material.