João Paulo Almeida
Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria, teve alta de 15,2 pontos, na comparação com maio deste ano. O indicador atingiu 76,6 pontos e se a prévia se confirmar no resultado consolidado, esse será o maior crescimento registrado desde o início da série histórica.
Na Bahia o cenário apresentado ainda não é dos melhores. Segundo a pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) divulgada pelo IBGE, das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente, apenas 3 tiveram resultados positivos: fabricação de celulose, papel e produtos de papel (5,6%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,2%) e a indústria alimentícia (1,8%).
Por outro lado, dentre as 8 atividades industriais com queda na produção no estado, o principal impacto negativo veio da indústria automobilística. A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu expressivos 97,2% frente a abril de 2019. Foi o maior recuo no mês e a maior contribuição para o resultado negativo em geral.
Para Paulo Castelo Branco, economista e presidente executivo da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos), o dado divulgado reflete uma importante melhora no setor. “Embora ainda estejamos enfrentando os impactos causados pela crise do novo coronavírus, observamos em junho um maior otimismo do segmento”, comenta.
No levantamento realizado pela FGV, o Índice de Expectativas, que avalia o sentimento do setor para o futuro, apresentou crescimento de 20,6 pontos, para 75,5 pontos, sinalizando uma percepção mais positiva para a indústria, além de uma recuperação em dois meses de mais da metade da queda observada em abril. Já o Índice de Situação Atual subiu 9,2 pontos na prévia de junho, para 77,8 pontos.
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