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BOLSONARO FAZ HOMENAGEM A VÍTIMAS DO CORONAVÍRUS

Redação - 26/06/2020 07:10
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 55 mil mortos pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro iniciou a transmissão realizada por meio das redes sociais na noite desta quinta-feira prestando homenagem a vítimas da covid-19 no Brasil. O presidente já havia se solidarizado com as vítimas, mas essa foi a primeira vez que ele fez um ato em homenagem aos mortos.

Depois, voltou a apelar a governadores e prefeitos que promovam abertura do comércio e disse que houve “excesso de preocupação” com a doença. Bolsonaro pediu para o presidente da Embratur, Gilson Machado, tocar na sanfona uma Ave Maria. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou da transmissão. Todos estavam sem máscara.

— Quero aproveitar o Gilson, nosso presidente da Embratur, sanfoneiro. Sei que em muitos programas de rádio às 18h se toca a Ave Maria. Queríamos prestar uma homenagem aos que se foram, vítimas do coronavírus, vou pedir para o Gilson que toque Ave Maria — disse o presidente.

Após a homenagem, Bolsonaro afirmou que há hospitais que têm leitos sobrando e o objetivo do isolamento social era garantir atendimento médico para quem fosse contaminado. O presidente também disse achar que já pegou a doença, apesar dos testes que fez meses atrás terem apontado resultado negativo. E comentou que pode fazer outro exame para identificar se já tem anticorpos para a Covid-19.

— A gente apela aos senhores governadores, os senhores prefeitos, obviamente com a responsabilidade que é pertinente de cada um, que comecem a abrir o mercado, abrir para funcionar. Nós lamentamos as mortes, mas o objetivo de fechar era para que as pessoas, uma vez contaminadas, fossem para os hospitais e fossem atendidas. Temos notícias verdadeiras que os hospitais têm sobras de leitos — declarou Bolsonaro.

O presidente disse não querer que “o pessoal se contamine”, mas frisou que a contaminação pelo novo coronavírus é uma realidade e que especialistas estimam que aproximadamente 70% da população será afetada. Depois de citar exemplos de pessoas que não sofreram com a doença apesar da idade avançada, como o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, Bolsonaro apontou que tem gente que “vai enfrentar realmente um problema sério durante aqueles dias que o vírus estiver nele”.

—  E se não tiver um cuidado muito especial, pode ir a óbito. A gente lamenta, mas a preocupação é exatamente com esses, os mais velhos e os que têm comorbidades, doenças. O resto tem que ter cuidado também, mas a gente sabe que, uma vez que foi acometido do vírus, ele vai ser transmissor ou vai sofrer menos do que uma pessoa com esses tipos de doenças ou de acordo com a idade — argumentou.

— Eu não sei se já peguei. Fiz dois testes lá atrás, deu negativo. Alguns acham que eu já peguei, não senti nada, não sei, eu posso até fazer o teste novamente para ver se tenho anticorpos já. Eu acho que eu já peguei, tá certo? Mas isso vai do perfil, da vida sanitária de cada um. Pode ser gente da minha idade que não está bem fisicamente, se for acometido do vírus, vai ter problema. Então, tem que tomar cuidado no tocante a isso daí — comentou o presidente.

Bolsonaro afirmou ainda que não se pode ter o que chamou de “pavor lá de trás que chegou junto à população” quando, segundo seu entendimento, houve “no meu entender, um excesso de preocupação apenas com uma questão”. — E não podia despreocupar com a outra, que é a questão do emprego, a segunda onda — concluiu.

Bolsonaro também disse que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, está “indo muito bem”. — A parte de gestão está excepcional, coisa nunca vista na história do Brasil a questão de gestão. Está indo muito bem. Sabemos que ele não é médico, mas ele está com uma equipe fantástica dentro do Ministério da Saúde, muitos querem que a gente coloque lá um médico, tá? Agora, um médico dificilmente é gestor também, né? Mas tudo bem. Mas se aparecer um médico gestor a gente conversa com o Pazuello e vê como é que fica aí — afirmou.

Foto: divulgação

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