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11 BAIRROS DE SALVADOR TÊM VULNERABILIDADE MUITO ALTA PARA COVID-19, DIZ ESTUDO

Redação - 24/06/2020 08:28 - Atualizado 24/06/2020

O grupo Geocombate Covid-19, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), aponta que 11 bairros da capital baiana têm a vulnerabilidade muito alta para a proliferação da Covid-19. Cassange, São Cristóvão, Nova Brasília, Valéria, Paripe, Coutos, São Tomé de Paripe, Periperi, Nova Constituinte, São Marcos e Fazenda Coutos são as regiões listadas pelo estudo.

A irregularidade no serviço de abastecimento de água potável foi um dos fatores utilizados pelo grupo de pesquisa GeoCombate Covid-19, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no cálculo do índice de vulnerabilidade dos bairros. De acordo com o Correio, esse dado foi fornecido aos pesquisadores pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que calculou o total de denúncias feitas por bairro desde abril, quando a pandemia teve início no país.

Esse fator corresponde, segundo a reportagem, a uma dimensão maior utilizada no cálculo, a das condições habitacionais, que corresponde ainda às características da própria moradia e do ambiente urbano no entorno. Além dessa, os pesquisadores utilizaramm a dimensão socioeconômica, relacionada às condições de trabalho e renda, e de saúde, que diz respeito às doenças preexistentes naquele bairro, principalmente àquelas de maior letalidade junto a covid-19.

“Na literatura, nós observamos que os problemas de saúde, particularmente o do novo coronavírus, é sensível a essas três dimensões”, explicou o professor Juan Moreno, que liderou a pesquisa. “Estudos mostram que nos bairros com piores condições sociais, por exemplo, as pessoas não têm acesso a uma alimentação de qualidade, o que favorece o surgimento de comorbidades”, explicou.

Para quantificar essa realidade, o grupo utilizou os números de internações por bairro para hipertensão e diabetes entre 2013 e 2019, segundo os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Para as outras dimensões, foram utilizadas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Quando se combinam todos os dados, observamos o impacto numa determinada localidade”, disse o professor Moreno.

 

 

 

 

Foto: Marina Silva/Correio

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