Depois de quase seis meses desde que a crise do novo coronavírus se iniciou na China, um dos setores mais impactados pela paralisação das economias para conter a doença é o setor aéreo. As companhias aéreas estão entre as que puxaram a queda do setor de serviços no Brasil em abril, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (17). O transporte aéreo teve retração de 73,8% em relação a março.
Conforme apuração da Folhapress, as companhias perdem, em média, US$ 230 milhões (R$ 1,2 bilhão) por dia, segundo dados da Iata (associação internacional das empresas aéreas). A entidade também projeta que o setor deve neste ano o maior prejuízo da história, com uma perda US$ 84 bilhões (R$ 442 bilhões). A estimativa é de prejuízo também em 2021, com uma queda de US$ 16 bilhões (R$ 84 bilhões).
Para atravessar este período de turbulência, sem que ocorra uma quebradeira geral no setor, governos e empresas negociam pacotes de socorro, alguns com a participação de bancos privados. Treze das 20 maiores companhias aéreas do mundo já conseguiram ou negociam alguma ajuda intermediada pelo Estado.
Entre as grandes que já confirmaram negociações fechadas ou em andamento estão American Airlines, Delta, United, Emirates, Southwest, Ryanair, Lufthansa, British Airways, Air France, Cathay Pacific, KLM, Singapore e Aeroflot Russian.
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