O volume do setor de serviços na Bahia teve quedas recordes em abril tanto na comparação com março,com recuo de 21% (na série com ajuste sazonal), quanto frente ao mesmo mês de 2019, retração de 29,9%. Foram os maiores recuos da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) iniciada em 2011, informou hoje (17) o IBGE.
Com o quarto resultado negativo consecutivo frente ao mesmo período de 2019, o setor de serviços na Bahia acumula queda de 12,3% de janeiro a abril de 2020. É a maior queda acumulada no ano, no estado, desde o início da séria da PMS, em 2011, e também o pior desempenho dentre as 27 unidades da Federação. No acumulado dos 12 meses encerrados em abril, os serviços seguem negativos em 6,2% no estado.
Em relação a março, a queda dos serviços baianos foi bem superior à verificada no Brasil como um todo (-11,7%, também recorde para o país desde 2011) e a terceira mais intensa entre os estados. Só Alagoas (-26,5%) e Ceará (-21,8%) mostraram resultados piores que o da Bahia. Na comparação com abril de 2019, o setor na Bahia teve queda também muito maior que a nacional (-17,2%) e a segunda mais intensa entre os estados. Apenas Alagoas (-32,3%) apresentou resultado pior.
O recuo recorde no volume do setor de serviços baiano em abril frente ao mesmo mês de 2019 foi resultado de mais uma queda generalizada, em todos os cinco grupos de atividades investigados pelo IBGE. Além disso, todas as atividades recuaram mais em abril do que haviam recuado em março.
Os serviços prestados às famílias tiveram a maior retração dentre as atividades (-75,7%). Foi o pior resultado para o segmento desde o início da série histórica da PMS, em 2011, refletindo a perda de receita de restaurantes e hotéis, que se aprofundou no mês de abril.
Ainda assim, o principal impacto negativo no resultado geral dos serviços baianos, no mês, veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. A atividade também mostrou uma queda recorde no estado (-33,5%) e é a que tem mais peso na estrutura do setor de serviços.
Além da perda das receitas no transporte aéreo de passageiros e no transporte rodoviário coletivo de passageiros, observaram-se quedas no transporte rodoviário de carga, operação de aeroportos, concessionárias de rodovias, entre outros.
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Foto: Elza Fiúza /Agência Brasil