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OPAS DIZ QUE CONTAGIO NO BRASIL E NOS EUA NÃO DESACELEROU 

Redação - 16/06/2020 14:35 - Atualizado 16/06/2020

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e diretora Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, Carissa F. Etienne, afirmou, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (16), que a desaceleração de casos na região não está ocorrendo. “Atualmente os EUA concentram 54% de todos os casos das Américas, Brasil concentra 23% de casos e 21% de todas as mortes. Não estamos vendo uma desaceleração de contágio”, afirma a diretora da Opas, Clarissa Etienne.

Ela demonstrou preocupação com as regiões de fronteira, citou a escalada de casos nos estados brasileiros do Norte que fazem fronteira com a Guiana Francesa e Suriname, e afirmou que os países precisam lidar com a pandemia de forma conjunta. Ela relata que houve um aumento de casos na Guiana Francesa no mesmo período de escalada da Covid-19 nos estados brasileiros da região.

“Há contágio ativo em estados do norte do Brasil que fazem fronteira com Guiana e Suriname”, afirmou Etienne. “Guiana passou de 140 casos a 1326 em um mês, período que coincide com aumento de contágios nos estados que fazem fronteira no Brasil e aumento de casos no Suriname”, afirmou. Antes da Covid-19, os estados brasileiros fronteiriços a outros países já abrigavam populações vulneráveis, como indígenas, comunidades remotas e refugiados, afirma Etienne.

Ela relata que a região precisa ser observada com atenção, porque abriga poucos hospitais, e tem laboratórios e clínicas médicas pequenos. “A pandemia acentua vulnerabilidades e o aumento de propagação nestas zonas é motivo de preocupação grave e ação imediata”, diz Etienne. Para conter a pandemia e proteger a população, os países devem trabalhar em conjunto, afirma a diretora da Opas.

Foto: Reprodução/Facebook

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