O Ministério Público de São Paulo acatou o pedido de apuração contra ameaças de morte sofridas pelo ativista LGBTI+ Agripino Magalhães. Isso depois de ele, na última semana, ter entrado com um pedido no MP do estado contra o jogador Neymar e seus amigos, depois que áudios do jogador, em conversa com seus “parças”, vazaram e viralizaram na internet. Eles falavam sobe Tiago Ramos, então namorado da mãe do craque.
Após o episódio, o ativista sofreu ameaças de morte. Ele, então, resolveu levar o fato até Ministério Público de São Paulo, que irá apurar a situação.
“O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) acatou o pedido de apuração das ameças de morte que o ativista LGBTI+ Agripino Magalhães vem sofrendo depois que denunciou o jogador Neymar Jr. e seus amigos por crimes de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte de um LGBTI”, informou o órgão, por meio de nota, nesta segunda-feira.
Nos áudios, que fez com o ativista entrasse com o pedido no órgão contra o jogador, na última semana, é possível ouvir amigos do atleta sugerirem que Tiago Ramos seja torturado com um cabo de vassoura. Isso depois de Neymar ter se referido ao jovem como “viadinho”.
Na ocasião, o MP informou que havia recebido a denúncia, registrada no órgão como uma “notícia fato”.
Nesta segunda-feira, ao citar o fato das ameaças, Agripino postou em suas redes sociais: ” Ser LGBTI+ é, antes de tudo, uma ação política. É uma afirmação diária de nossa existência e busca por respeito aos direitos.”
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