Parte dos estados americanos vem sofrendo uma segunda onda de infecção pela Covid-19 depois de reabrir suas economias. Com cuidados extras, crianças chegam a uma colônia de férias, na Flórida. A mãe diz que, assim, ela pode trabalhar. A Flórida e o Texas registraram, nesta semana, os maiores índices diários de novas infecções pelo novo coronavírus. E a Califórnia, que é o estado mais populoso, chegou perto do recorde diário.
Vinte e dois estados americanos tiveram aumento de casos nas últimas duas semanas. Em pelo mesmo 14, a taxa de hospitalizações também cresceu. A governadora do estado de Oregon suspendeu por uma semana o processo de reabertura que está em andamento desde maio. Ela disse: “É o vírus que define o cronograma. Estamos todos juntos nisso”.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos afirmou, nesta sexta-feira (12), que a pandemia não terminou e que um novo “lockdown” não está descartado se o nível de infecção voltar a crescer demais. Medidas de prevenção, como o uso de máscara e o distanciamento social, continuam valendo mesmo em áreas abertas. Com mais testes sendo feitos no país, o número de casos registrados aumentou.
William Hanage, professor de epidemiologia da Universidade de Harvard, explica que, se a população é mais testada e o número de casos não cai, isso quer dizer que ainda há mais casos positivos a serem detectados. As aglomerações ainda preocupam, como nos protestos recentes pelo país, mesmo em ambientes abertos e com a maioria usando máscara.
E o presidente Trump anunciou que vai retomar a campanha pela reeleição e fazer um comício no próximo dia 19, em Tulsa, no estado de Oklahoma, um dos que registraram aumento do número de casos. Mas os apoiadores que quiserem têm que assumir o risco de exposição à Covid-19, e concordar em não processar o presidente ou a equipe de campanha se ficarem doentes.
Foto: divulgação