O ativista LGBTI+ Agripino Magalhães informou nesta quarta-feira ao EXTRA que pediu na Justiça (veja o documento abaixo) a apreensão do passaporte de Neymar, para que o jogador não deixe o país e, consequentemente, não atrapalhe as apurações de um possível inquérito sobre o caso. Na última segunda-feira, o advogado dele, Ângelo Carbone, protocolou no Ministério Público de São Paulo um pedido de inquérito para apurar a fala considerada homofóbica dita pelo atleta sobre o namorado da mãe, a quem ele chamou de “viadinho” num áudio vazado. Agora, ele teme que Neymar volte para Paris e não seja notificado, atrapalhalhando, assim, as possíveis investigações.
“Eu, como ativista dos direitos da População LGBTI+, junto com o doutor Ângelo Carbone e equipe, de advogados vamos a justiça hoje pedir a apreensão do Passaporte do jogador Neymar Jr.”, informou Agripino.
Num áudio vazado pela imprensa, Neymar se refere a Tiago Ramos como “viadinho”, e os amigos do atleta sugerem que Tiago Ramos, então namorado da mãe do craque, seja torturado com um cabo de vassoura.
De acordo com com Agripino, no documento, foi solicitada a abertura de um inquérito para apurar o caso. O ativista destacou que denúncia contra Neymar e seus amigos são pelos crimes de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte de um LGBTI+.
“Os meus advogados oficializaram denúncia crime contra o jogador Neymar Junior e seus ‘parças’ pelo crime de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte de um LGBTI+ “, escreveu Agripino em suas redes sociais, acrescentando: ” Homofobia e transfobia passaram, a partir do dia 13 de Junho de 2019, a se enquadrar no Art. 20 da Lei N° 7.716/1989, que criminaliza o racismo, e alterou o Art. 121 do Código Penal, incluindo o homicidio motivado por homofobia no rol dos motivos torpes”.
A equipe de Neymar foi procurada, mas, até o momento, comunicou apenas que não tinha nada para falar do assunto.
O Ministério Público de São Paulo informou, na noite desta segunda-feira, que recebeu a denúncia.
“O MPSP confirma que recebeu a representação, que foi registrada como notícia de fato”, informou o órgão.
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