O Ministério da Saúde apresentou em entrevista coletiva nesta quinta-feira uma estratégia já publicada em Diário Oficial da União para apoio a municípios montarem uma estrutura de atendimento de casos leves de síndromes respiratórias, como a Covid-19. A pasta vai financiar dois tipos de centros para — um deles voltado especificamente para favelas.
O primeiro tipo é o Centro de Atendimento para Enfrentamento da Covid-19. Eles poderão ser implantados por qualquer município que aderir ao projeto. O orçamento total para essa ação é de R$ 896 milhões. O outro modelo, chamado de Centro Comunitário de Referência para Enfrentamento à Covid-19, é voltado a favelas com mais de 4 mil habitantes.
Para este caso, são R$ 215,3 milhões previstos para municípios parceiros. De acordo com o ministério, 196 municípios estão aptos a aderir por terem localidades condizentes com o serviço. No total, essas favelas abrangem 17 milhões de habitantes. Haverá, ainda, um repasse único ao município de R$ 5 por morador das favelas que estiver cadastrado com número de celular atualizado para que o Ministério da Saúde possa monitorar pacientes a distância. O orçamento para essa ação é de R$ 85,6 milhões.
Esses centros poderão ser instalados em ambientes de saúde, como policlínicas e postos de saúde. No caso das unidades comunitárias, é possível usar os equipamentos sociais, como centros de assistência, igrejas, entre outros.
Nos dois casos, terá de haver médico, enfermeiro e auxiliar de enfermagem, com consultório, sala de atendimento, sala de coleta de material para exames e espaço para isolamento. A ideia é que essas unidades trabalhem de forma complementar à rede básica de saúde. Municípios que aderirem poderão receber de R$ 60 a R$ 100 mil por mês de financiamento.
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