Fuzileiros navais de Salvador realizaram uma missão nos presídios da Mata Escura contra o inimigo número um do país: o novo coronavírus. Ontem (26), soldados fizeram um treinamento com agentes penitenciários do Centro de Observação Penal (COP) para a desinfecção das instalações. De acordo com a Marinha do Brasil, o complexo não está contaminado e a ação tem caráter preventivo e também educativo, a fim de ensinar modos seguros de limpeza contra a covid-19.
A iniciativa foi liderada pelo Comando Conjunto Bahia, criado no fim de março pelo Ministério da Defesa e que reúne as forças armadas brasileiras para apoiar as áreas de saúde e segurança pública na redução dos efeitos da doença no estado. Oficial de operações do comando, o capitão de fragata e fuzileiro naval Cristiano Campos Câmara explica que o que foi feito no COP é fundamental para que os profissionais saibam como agir se em algum momento houver suspeita de infectados.
No treinamento de descontaminação feito por oito militares foram capacitados 13 agentes penitenciários, cinco agentes de saúde e dois profissionais de serviços gerais, que estão aptos a fazererem o procedimento nas instalações do complexo daqui em diante. O curso começou com aula teórica pela manhã e depois a prática foi feita em celas vazias da prisão.
Essa descontaminação precisa seguir um protocolo de segurança usando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como macacões, botas e luvas que devem ter todas as suas aberturas vedadas com fita adesiva do tipo silver tape para não ter contatos externos com a pele e evitar possível infecção. Só assim protegidos, os agentes podem seguir para desinfectar áreas utilizando uma solução simples de água e água sanitária, ou álcool a 70% no caso de equipamentos eletrônicos.
Foto: Vinicius Pereira/Marinha do Brasil