O governo da Argentina informou que decidiu prorrogar para 2 de junho o prazo para negociar a reestruturação da dívida externa de US$ 65 bilhões. O prazo vencia na última sexta-feira (22). Ontem, também chega ao fim o período de carência de 30 dias para a Argentina pagar US$ 500 milhões em vencimentos de juros sobre três títulos globais.
“A Argentina acredita firmemente que uma reestruturação bem-sucedida da dívida contribuirá para estabilizar a atual condição econômica, aliviando as restrições de médio e longo prazo (…) permitindo redirecionar o caminho econômico do país para o crescimento de longo prazo”, escreveu o Ministério da Economia do país em comunicado publicado na internet.
Mais cedo, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse que o país está em default (inadimplente) há meses, portanto não mudará a situação nesta sexta, destacou a agência France Presse. “Li nos jornais que corremos o risco de cair na inadimplência amanhã (sexta-feira) e me perguntei por que eles mentem assim. Se estamos em default há meses, desde antes de dezembro estamos em default, só que não escrevem sobre isso, apenas escondem”, afirmou Fernández. Fernández assumiu a Presidência em 10 de dezembro no que ele mesmo descreveu como “um país em situação de inadimplência virtual”, com uma dívida total de US$ 234 bilhões, quase 90% do Produto Interno Bruto.
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