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MP É ACIONADO NO CASO DE YOUTUBER MIRIM

Redação - 22/05/2020 14:39 - Atualizado 22/05/2020

Nos últimos dias, internautas, influenciadores e “internautas-investigadores” usaram esses e outros vídeos para colocar em evidência a tag #SalvemBelparaMeninas, denunciando um suposto comportamento abusivo da youtuber Francinete Peres, conhecida como Fran, que aparece sempre ao lado da filha, Isabel Magdalena, a Bel, de 13 anos, em vídeos produzidos em casa, desde 2013. Em algumas postagens, a mulher aparece aborrecida com a resistância da menina em embarcar no que está sendo proposto, por vezes, constrangida, em situações do cotidiano.

O assunto mobilizou a atenção de milhares de pessoas e de conselhos tutelares do Rio de Janeiro, estado onde a família reside. O órgão está recebendo denúncias de todas as partes do país. Com a pressão de internautas e programas de TV, o caso passou a ser oficialmente verificado pelo setor de defesa dos direitos da criança do município de Maricá.

De acordo com o conselheiro tutelar à frente da averiguação em Maricá (RJ), Jorge Márcio Freitas Lobo, uma equipe esteve nesta terça-feira (19/5) na residência da família Peres para averiguar denúncia de violência psicológica, ainda sem posse de qualquer vídeo. “A família se mostrou surpresa, mas receptiva; apenas no dia seguinte, recebemos um volume grande de vídeos e outros teores de denúncia e outra equipe foi à residência”, conta.

Na quarta-feira (20/5), a garota teve indicação de encaminhamento para psicólogos do CREAS local, para escuta ativa, e o Ministério Público do Rio de Janeiro foi notificado para passar a atuar no caso.

“Nessa segunda visita, os pais já estavam com argumentos de defesa. Mostramos o que poderia ser entendido de certas imagens e eles seguiram a linha ‘fiz e não tive maldade’, mas nós explicamos como a exposição está lá, as possíveis infrações ao ECA e o que poderia acontecer, que pode chegar a detenção de seis meses a 2 anos”, discorre Freitas Lobo. Segundo o profissional, um colegiado do conselho tutelar foi reunido para discutir o caso,que será acompanhado até a garota atingir a maioridade e pode parar na esfera judicial.

-Foto: Youtube

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