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MARIO FRIAS DEVE ASSUMIR SECRETARIA ESPECIAL DA CULTURA

Redação - 21/05/2020 08:00 - Atualizado 21/05/2020

O ator Mario Frias aceitou o convite de Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria de Cultura, afirmam aliados do presidente. Ele vai substituir a atriz Regina Duarte no comando da Cultura e deverá trabalhar de Brasília. Ainda não está definida a data em que o ator deve assumir o cargo.

Nesta quarta-feira, Mario Frias almoçou pelo segundo dia consecutivo com Bolsonaro no Palácio do Planalto e, em clima de descontração, falaram de futebol e comentaram sobre o almoço do dia anterior, que contou com a presença de presidentes de clubes do Rio de Janeiro, como o Vasco e Flamengo. Mais tarde, segundo atualização da agenda oficial do presidente, Bolsonaro e Frias voltaram a se encontrar entre 17h e 17h15.

Na avaliação de aliados de Bolsonaro, a postura de Mario Frias em defesa do presidente em um debate recente na CNN Brasil conquistou Bolsonaro. O ator tem gravado vídeos a favor do governo e se colocado à disposição para ajudar. Mais cedo, Mario Frias havia deixado um recado no Instagram também mencionando o vídeo do debate e na legenda escreveu: “Pra quem ainda não entendeu, vou deixar aqui o mais claro possível: aqui é Jair Bolsonaro”.Frias assume a pasta tendo que enfrentar, logo de cara, a descrença e pressões da classe artística em meio a uma forte crise forçada pela pandemia de coronavírus. Ao comentar a saída de Regina Duarte e o convite a Mario Frias, a atriz Maitê Proença opinou: — Não importa. Será mais um fantoche. Se for um bom fantoche dura, se não, cai.

Ele será o quinto nome a comandar a Cultura em menos de um ano e meio de governo Bolsonaro. Antes de Regina, a pasta já tinha passado por Roberto Alvim, Ricardo Braga e Henrique Pires. Segundo pessoas próximas a Bolsonaro, na manhã desta quarta-feira, a então secretária Regina Duarte levou ao presidente a alternativa de assumir a Cinemateca de São Paulo e deixar a Cultura. Interlocutores alegam que Regina estava incomodada em ter de morar em Brasília e ficar distante dos familiares, em São Paulo.

A aliados, Bolsonaro repete ter uma gratidão com Regina Duarte pelo apoio que recebeu dela durante a campanha presidencial e, apesar da guerra ideológica que ela enfrentava na Cultura, o presidente nega a interlocutores que iria demiti-la. As cobranças do presidente, segundo fontes, eram pela presença dela em Brasília, numa participação mais ativa no governo para conseguir gerir a pasta.

Foto: divulgação

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