Salvador pode amanhecer sem ônibus já na semana que vem. Os rodoviários estão com perspectiva de iniciar uma greve na categoria já na próxima terça-feira (26). Apesar da possibilidade, o martelo sobre o início ou não será batido na segunda-feira (25), quando vai ocorrer uma reunião geral entre os Rodoviários de Salvador e seus associados. O encontro será online e começará a partir das 14h.
Ao Correio, vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, disse que a categoria teve uma reunião nesta quarta-feira (20), mas não teve nenhuma proposta feita pelos patrocinadores. “Não ficou nada decidido e não apresentou uma proposta de proposta pelo lado dos patrões. Hoje, nosso maior pedido é em relação à questão dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Solicita que tenha alguma barreira de acrílico, onde fica o motorista ou o cobrador. também testes-rápidos para a categoria e aferição de temperatura nas garagens “, disse.
Segundo Primo, os rodoviários queixam-se da ausência de luvas para cobradores, de dispositivos de álcool em gel e de reposição de máscaras para uma categoria. “Recebe algumas máscaras há um mês e elas estão ficando velhas, desgastadas, porque usa todos os dias. É um caso muito grande. A federação até atendeu a um pedido antigo e instalou barreira para alguns motoristas, mas falta de responsabilidade em relação às demais reivindicações “.
Ao Correio, secretário da Semob, Fábio Mota, disse que a responsabilidade de garantir o material de proteção dos rodoviários é da empresa da qual eles fazem parte. “Os rodoviários não são funcionários da prefeitura, atuam para uma empresa privada. Portanto, não sabem sobre nós esse tipo de responsabilidade. Há uma grande confusão em relação a isso. Obter distribuição de material, mas é de competência da empresa para eles prestam serviço a esse tipo de pedido. Materiais, testes, tudo isso não tem relação com nossa secretaria “, disse.
O diretor da Associação das Concessões do Serviço de Transporte Público de Passageiros de Ônibus Urbanos de Salvador (Integra), Jorge Castro, confirmou a reunião da manhã e garantiu todas as medidas de segurança decretadas pela federação que estão sendo cumpridas. “Em relação à questão dos EPIs, cumprimos a legislação e todos os procedimentos especificados pela prefeitura. Tudo o que está dito, cumprimos. Já em relação às demais negociações, não vejo o futuro”, disse.
Segundo Castro, uma categoria também solicita alguns benefícios, o que não pode ser negociado diante do cenário atual. “Não temos como dar andamento a nada. Estamos com apenas 28% do faturamento em relação a meses anteriores, além de apenas 30% a mão trabalhando por obra. Os rodoviários, que trabalham 210 horas por mês, estão trabalhando 63. Foram reduzidas na jornada “, disse.
Salvador, que tem habitualmente uma faixa de 2.400 veículos à disposição, hoje tem apenas cerca de 1.100 ruas. Além disso, os 22 milhões de passageiros pagantes caíram para cerca de 6,5 milhões. “Diálogo com eles, mas não temos o mesmo que fazer. O que fazer para sugerir esse diálogo de negócios negocia lá para outubro. Eu entendo, são merecedores, mas não há muito o que fazer”, completou.
Foto: divulgação
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