Por: João Paulo Almeida
O Senado aprovou o projeto que adia automaticamente as provas que dão acesso aos cursos de graduação, entre as quais o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A aprovaçãonão resulta automaticamente no adiamento do Enem. Isso porque o texto ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados para, então, ser enviado para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. O presidente poderá sancionar o texto, integral ou parcialmente, ou vetar. Em entrevista ao portal Bahia Econômica, o deputado Federal Afonso Florence pediu mais igualdade na hora de avaliar o sistema de preparação da rede pública e privada no país para a prova do enem 2020. Segundo o deputado é preciso que o governo disponibilize mais recursos para que os alunos da rede pública estejam em igual nível de preparação.
“A pandemia aprofundou as desigualdades sociais, em geral, e as da competição entre os estudantes da rede pública e da rede particular no Enem. É preciso que o governo federal amplie recursos, com a revogação da Emenda Constitucional 95, para estruturar nas residências dos estudantes da rede pública as condições necessárias para a continuidade das atividades acadêmicas em sistema remoto. Enquanto não estiver universalizado o uso desse sistema, não é possível realizar o Enem durante a pandemia. A Câmara dos Deputados deve, agora, após a votação do Senado, rapidamente votar essa pauta para remetermos ao governo federal. Sempre existe o risco do presidente Bolsonaro, que tem cometido sucessivos crimes de responsabilidade, vetar uma lei dessa natureza. Mas, cabe ao Congresso Nacional derrubar o veto”, explicou.
Foto: divulgação
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