Em maio, a taxa de endividados da capital baiana disparou para 57,1%, maior percentual desde outubro de 2016 e 7,2 pontos percentuais acima do visto em abril (49,9%), conforme registra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Conforme a pesquisa da Fecomércio-BA, são 530 mil famílias em Salvador com algum tipo de dívida, 94,4 mil acima em relação ao mesmo período do ano passado.
O percentual de famílias que não conseguiram pagar as dívidas até data do vencimento também passou de 16,9% em abril para os atuais 21,6%, o maior patamar desde janeiro de 2018. Em números absolutos, significa 200 mil famílias inadimplentes, aumento expressivo de 40 mil em apenas um mês.
Entre os endividados, o principal tipo de dívida continua sendo liderado pelo cartão de crédito com 90,3%. Porém, nada fora dos resultados anteriores. “Um dado que chama mais atenção é o aumento do percentual do crédito consignado, de 3,5% em abril para 6,6% em maio. Apesar do aumento mensal, o lado positivo é que o crédito está atrelado a algum tipo de segurança como salário e pensão, por exemplo, e que o risco de inadimplência é baixo e da mesma forma a taxa de juros cobrada”, analisa o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
O economista pondera que outra análise interessante da pesquisa de maio é o resultado por faixa de renda. O percentual de endividados das famílias com renda até 10 salários mínimos é de 58,8%, enquanto que para os que ganham mais a taxa é de 39%. Em relação a inadimplência o grupo com renda mais baixa registrou 23,2%, cinco pontos percentuais acima do mês anterior. Já na faixa com renda mais elevada, o percentual ficou em 8,1%, pouco acima dos 6,3% vistos em abril.
“É natural pensar que as famílias com renda mais baixa são as que mais sofrem neste momento, pois, em sua maioria, não têm recursos guardados para complementar a renda neste momento de pandemia”, afirma Guilherme, acrescentando que “as condições que os bancos darão para esse perfil de consumidor são altamente desfavoráveis, com restrição nos valores e taxas de juros elevadas. Vale lembrar que o cartão de crédito tem uma taxa média no rotativo próxima a 300% ao ano”.
De acordo com a análise do economista, as famílias com renda mais elevada contam com investimentos, podendo manter a qualidade do consumo neste período de pandemia. “Evidentemente, todos se assustam pela falta de previsibilidade, mas tendo mais recursos e, por consequência, mais garantias, conseguem melhores condições de crédito caso seja necessário”, afirma.
Os efeitos do coronavírus nas finanças das famílias de Salvador começam a aparecer nos indicadores da Fecomércio-BA, com aumento expressivo do endividamento e da inadimplência. São quase dois meses de quarentena, com isolamento social e lojas fechando totalmente ou parcialmente. O desemprego está crescendo de forma acelerada e com ele vem a redução da renda.
Guilherme Dietze ainda avalia que o crédito continuará seleto por parte dos bancos e a tendência é que a inadimplência continue em expansão, pois as famílias precisarão complementar a renda para consumir, mesmo tendo em vista o recebimento dos R$ 600 do auxílio emergencial e a hipótese de não pagamento da dívida contraída.
Com a chegada do novo coronavírus, está sendo necessário fazer alguns ajustes na rotina para não colocar a saúde em risco. Ficar em casa é uma das principais recomendações. Contudo, essa medida pode trazer algumas consequências, como agravar ou desenvolver quadros de ansiedade, ou pode influenciar uma mudança no padrão alimentar. No Brasil, cerca de 9,3% da população sofre com algum tipo de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em entrevista ao portal Bahia Econômica, Cesar Terrin – CEO da n2b, empresa de nutrição esportiva afirmou que nosso corpo, nossos hormônios, nossa rotina mudam constantemente, por isso é importante a orientação na hora de se elaborar uma dieta saudável nesse período de menos exercícios de quarentena. Veja a entrevista na íntegra.
Todo mundo acredita ser um pouco nutricionista, percebemos isso quando as pessoas comentam que “sabem o que fazer, só não conseguem colocar em prática”. O fato é que nosso corpo, nossos hormônios, nossa rotina mudam constantemente.Durante uma pandemia isso ganha ainda mais intensidade, nos movimentamos menos, não conseguimos fazer a mesma quantidade de exercícios, a compulsão alimentar aumenta, as emoções aparecem. Uma consulta nutricional significa que um profissional que estudou pelo menos 4 anos avaliará todo o seu cenário e desenvolverá um plano alimentar individualizado considerando: sua rotina, o que você gosta, quais emoções está sentindo, sinais e sintomas e te ajudará a passar por esse momento da melhor forma possível.
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