O ministro da Educação, Abraham Weintraub, contratou assessores do MEC como advogados pessoais para processar um escritor e um veículo de comunicação. Auro Hadano Tanaka foi nomeado em abril do ano passado como assessor especial da pasta, e Victor Sarfatis Metta foi nomeado em maio de 2019 para a mesma posição.
Os alvos do processo foram o jornal Valor Econômico, especializado em economia, o site de notícias Brasil247 e o filósofo e escritor Paulo Ghiraldelli Júnior. O uso de assessores como advogados particulares pode constituir improbidade administrativa, segundo especialistas ouvidos por O Globo.
O MEC nega irregularidades e afirma que Weintraub pagou os honorários dos assessores do próprio bolso. “O Ministério da Educação (MEC) informa que não há impedimento para que os escritórios de Victor Sarfatis Metta e Auro Hadano Tanaka atuem na defesa da pessoa física de Abraham Weintraub. Os honorários advocatícios foram pagos particularmente por Weintraub, ou seja, sem recursos públicos”, diz nota divulgada pela pasta.
O MEC diz também que as funções dos assessores não exige exclusividade e, por isso, eles podem advogar normalmente, inclusive para o ministro.
Foto: Luis Fortes/MEC