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PANDEMIA ACELERA VOLTA DO GRUPO BIG ÀS VENDAS ONLINE

Redação - 18/05/2020 07:41

Uma pandemia de novo coronavírus chacoalhou do Grupo Big, uma terceira maior rede de supermercados do País. Há exatamente um ano, uma empresa, controlada pelo fundo americano Advent e na época ainda usando uma bandeira do Walmart , anuncia a saída do comércio on-line, no controle dos concorrentes. A intenção era centrar nas lojas físicas e reerguer uma companhia. Mas, nesse meio tempo, eclodiu uma pandemia e o projeto de volta ao varejo online foi colocado no pé da caixa de seleção. “Estamos finalizando um plano de 12 meses em três meses”, afirma Fabiano Sant’Ana, diretor executivo do grupo.

O responsável pela área digital da companhia, o executivo executivo da Basf, estava 40 dias na empresa, ainda em processo de integração, quando uma pandemia eclodiu, em meados de março. Na época, ele tinha apenas um rascunho do plano para reinserir uma empresa no varejo online – que rapidamente se concretizou. Até o final do mês que vem, 200 das 400 lojas vão estar integradas ao varejo digital. Hoje são 75 lojas ativas ativas ao comércio online.

Batizado de “Big in house”, o projeto inclui dois tipos de entrega e um drive-thru e contempla bandeiras Big, Bompreço, Big Bompreço, Nacional, Mercadorama, MaxxiAtacado e Sam’s Club. Uma entrega é expressa, voltada para compras de pequenos volumes, 16 itens ou 9,8 quilos, no máximo, e entregas em até uma hora. A outra entrega é para compras grandes, de abastecimento, com volume ilimitado. Neste caso, a entrega é em até um dia e com hora marcada.

Sant’Ana explica que o cliente entra no site “Big in house”, seleciona, no caso de entrega, uma melhor proposta de entrega, taxas e prazos, e é direcionado para um aplicativo específico. Uma companhia contratou um acordo operacional com três empresas para fazer entregas: uma Cornershop (do Ubereats), o iFood e o Supermercado Now (da B2W). Cada um tem um contrato diferente e o Big paga às empresas de entrega uma comissão para atender ao cliente.

Para o consultor Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), uma estratégia da empresa de fechar parcerias com empresas importantes de entrega para acelerar a venda. “O Grande foi para o comércio on-line em um modelo de contingência”, diz o especialista. Ele explica que, ao aceitar plataformas de terceiros, em poucos dias a empresa sai vendendo. “Essa foi uma estratégia.”

Bloqueio . Uma outra perna do projeto de varejo online é o drive-thru, chamado pela empresa de clique e se aposentar. O cliente seleciona os produtos no site e marca o horário de retirada na vaga de estacionamento da loja reservada para isso. Segundo o executivo, não é necessário sair do carro, pois um funcionário coloca como compras no porta-malas e o cliente finaliza o pagamento, sem custos extras. “Esse fluxo inteiro, de entrada no estacionamento até a saída com o carro carregado, demora quatro minutos”, diz.

O projeto de drive-thru começou a funcionar este mês na loja do Big do Pacaembu, na zona oeste da capital paulista. Para as próximas semanas, uma meta da empresa é colocar em funcionamento ou se aposentar em 17 lojas em Recife (PE) e em Salvador (BA). “Estamos nos concentrando no Nordeste por causa das cidades que já estão em bloqueio ou em risco de entrar em isolamento total”, diz Sant’Ana.

Cidades do Maranhão e Estado de São Paulo, onde a empresa tem loja e a situação da pandemia é muito crítica, também usa drive-thru, como as capitais do Sul. Tanto na entrega, como no drive-thru, os cerca de 15 mil itens oferecidos, frutas, verduras, legumes e itens de padaria têm o mesmo preço das lojas especializadas. O executivo não revela investimentos no projeto on-line, mas diz que as cifras são pequenas. O que mais contou foi uma rapidez para virar uma chave. Para isso, foi feito um mutirão com outras áreas da empresa que estavam com baixo volume de serviço por causa da pandemia, como projetos estratégicos.

Apesar de estar atrasado na corrida de varejo on-line e ser o último grande mercado de supermercados a voltar para comércio eletrônico, o Grupo Big tem metas ambiciosas. Uma empresa que responde ao comércio online responde por 12% a 13% das vendas de varejo de alimentos e produtos de higiene e limpeza, marca já alcançada pelos concorrentes, segundo ou diretor executivo do Grupo Big, Fabiano Sant’Ana. “Queremos atingir esse meta ou o mais rápido possível e acho que até agosto vamos obter uma parcela razoável desse número.”

Para o consultor de varejo Eugênio Foganholo, sócio da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, como três formas oferecidas pela venda on-line e entregar como vendas são muito aproveitadas no momento atual da pandemia, principalmente no drive-thru, mecanismo de entrega que não é habitual entre como grandes redes de supermercados. “Isso mostra que chegar atrasado é extremamente relativo”, observa.

A volta do Big ao e-commerce chega em um momento favorável. Segundo o Compre & Confie, o comércio eletrônico faturou R $ 9,4 bilhões em abril, 81% antes de abril de 2019. Foram 24,5 milhões de compras on-line, alta de 98% antes de um ano atrás. Como categorias com maior crescimento em volume de compras de alimentos e bebidas (294%), instrumentos musicais (252%) e brinquedos (241%).

Foto: divulgação

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