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BRASIL PODE REGISTRAR QUASE 200 MIL MORTES POR COVID-19 ATÉ AGOSTO, DIZ ESTUDO

Redação - 13/05/2020 13:13 - Atualizado 13/05/2020

O Brasil pode registrar quase 200 mil mortes por covid-19 até agosto se ritmo de contágio seguir como está. O número está no novo relatório do Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (IHME, sigla em inglês) da Escola de Medicina da Universidade de Washington, divulgado hoje. O estudo é uma projeção e a média varia de 30 mil a 200 mil mortes aproximadamente até o dia 4 de agosto.

Como esses números são calculados por estatísticas matemáticas e considerados uma série de variáveis ​​que serão atualizadas frequentemente, eles levam em conta uma faixa de flutuação. Isso significa dizer que, na melhor das hipóteses, ou o país pode contar neste período indicado pelo estudo 30,3 mil mortos pelo novo coronavírus , e 193,8 mil, no pior.

O documento inclui ainda projeções para oito estados do país, os primeiros a registrar mais de 50 casos. São Paulo deve ser a federação mais afetada, com quase 39 milhões de mortes e o Paraná ou mais atingido, com menos de 250. O cenário pode ser mais ou menos desolador, dependendo dos desdobramentos desta crise no país. A projeção é feita com base em uma espécie de fotografia do momento.

“Como as projeções do IHME para os óbitos no Brasil estão claramente negativas, o sistema de saúde pública do país está enfrentando um desafio assustador”, disse o diretor do instituto, Christopher Murray. “O nosso objetivo ao anunciar esses dados é informar às autoridades que determinam políticas para que possam agir e se mobilizar para lidar com um covid-19”, conclui.

Murray afirma que outros estados do país devem ser incluídos no estudo e reiterar que, como IHME, serão exibidos livros medidos nos novos dados mais importantes incorporados e analisados ​​pelas pesquisas. O Brasil teve 11.519 mortes pelo novo coronavírus registrado oficialmente até terça-feira, quando o número de casos chegou a 168.331.

O estudo ainda tem preocupação com a falta de recursos necessários para o país que pode lidar com uma pandemia. Estima que o Brasil tem um déficit de mais de 3.000 leitos de tratamento intensivo, número que deve crescer ao longo da crise. A falta de leitos deve afetar os estados de maneira diferente. Segundo o IHME, no Amazonas, faltam 1.000 leitos de tratamento intensivo até terça-feira, como em São Paulo.

O documento também apresenta os seguintes países da região mais afetados pelo vírus: México (6,8 mil; com 3,6 milhões a 16,8 mil) Peru (6,4 mil; com faixa de 2,7 mil a 21,7 mil) e Equador 5,2 mil; com faixa de 4,8 mil a 6,1 mil). Feito com a ajuda da Organização Panamericana de Saúde e a rede de colaboradores do IHME, que já somam mais de 5 milhões de pessoas em 150 países.

“É importante para os países e regiões com atenção à capacidade dos hospitais, recursos necessários e a trajetória atual dos casos de novos coronavírus. Uma epidemia na América Latina está sendo afetada depois da Europa. É hora de sermos vigilantes, acompanhar os dados e implementar como medidas de saúde pública relevante “, disse o diretor-assistente da organização, Jarbas Barbosa.

Projeções

O instituto ainda atualizou como projeções que já foram feitas para os óbitos nos Estados Unidos em 147 mil. Trata-se de 10 mil mortes a mais do que há alguns dias.

Como projeções do IHME de mortes por covid-19 em oito estados brasileiros *:

  • São Paulo: 36.811 óbitos (Faixa de 11.097 a 81.774)
  • Rio de Janeiro : 21.073 óbitos (Faixa de 5.966 a 51.901)
  • Pernambuco: 9.401 óbitos (Faixa de 2.468 a 23.026)
  • Ceará: 8.679 óbitos (Faixa de 2.894 a 18.592)
  • Maranhão : 4.613 óbitos (Faixa de 868 a 12.661)
  • Bahia : 2.443 óbitos (Faixa de 529 a 8.429)
  • Paraná: 245 óbitos (Faixa de 170 a 397)

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