Se o País continuar com um grande crescimento no número de casos da Covid-19, sem uma possível melhora para que ocorra a flexibilização, e um cenário de confinamento ainda após a metade do ano, a economia pode ter problemas maiores para iniciar uma retomada. Assim, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional pode registrar queda de até 10% no final deste ano, segundo o economista da Messem Investimentos, Álvaro Villa.
“Se ocorrer a flexibilização sem se estabilizar a curva de casos da Covid-19, podemos ficar até o final do ano sem sair de casa. Com isso, a retração pode chegar a 10% no PIB. Há algumas casas financeiras que falam de até 15%”, revelou Villa. Na manhã desta segunda-feira (11), o dólar chegou a R$ 5,80 e somente este ano já acumula alta de 43%.
No novo anúncio do Boletim Focus, existe uma projeção de queda do PIB nacional de 4,11%, além da expectativa de que a moeda norte-americana fique em R$ 4,83 no ano que vem, mas Villa discorda disso. “Esse valor de R$ 4,83 no próximo ano é muito difícil, principalmente porque o País não está crescendo e tem um déficit fiscal muito grande. Num cenário otimista para 2021, pensando em um Brasil estabilizado, o dólar estaria em um valor estimado de R$ 5,50”, informou.
Com o PIB caindo e a dívida do Brasil aumentando, o Boletim Focus também projetou que esse ano deva terminar com inflação de 1,76%. Porém, para 2021, a previsão é de 3,25%.
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