Segundo o diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, o fim da pandemia passa essencialmente por mudanças no estilo de vida da sociedade até este momento chegue. A afirmação ocorreu nesta sexta-feira, 8, dia em que se completam 40 anos da erradicação da varíola, uma das doenças que mais matou no mundo inteiro.
“Precisaremos ter alterações significativas no nosso estilo de vida até o ponto de termos uma vacina e tratamentos. E isso não é de todo ruim”, afirmou Ryan. “Vimos benefícios para o meio ambiente e para a nossa conexão com outras pessoas. É um grande desafio, mas alguns países que saem do ‘lockdown’ podem oferecer esperança para outros”, continuou.
Ainda lembrando da varíola, primeira e única doença humana a ser erradicada globalmente, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que a solidariedade foi o que permitiu a distribuição e aplicação da vacina nos anos 1960 e 1970. Na época União Soviética e Estados Unidos, que viviam a Guerra Fria, se uniram para combater o vírus.
“Eles reconheceram que o vírus não respeita fronteiras nem ideologias. Essa mesma solidariedade, construída na unidade nacional, é necessária agora mais do que nunca para combater a covid-19”, apontou.