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MAJOR DENICE DIZ QUE NÃO É UNANIMIDADE DENTRO DO PT

Redação - 04/05/2020 13:45

Primeira mulher e negra a ser pré-candidata à prefeitura de Salvador pelo PT, a major Denice Santiago admitiu que não é uma unanimidade dentro do partido, mas disse acreditar que haverá uma unidade na sigla para defender o seu projeto político. “Longe de mim ser ou querer ser uma unanimidade neste partido. Não sou e é bom que eu não seja. Nós somos pessoas constituídas e formadas com experiências, possibilidades e intenções diferentes. Mas o partido dos trabalhadores e trabalhadoras tem uma característica fundamental, ainda que haja divergência no processo para escolha – onde cada uma vai opinar sobre os seus candidatos ou candidaturas –, depois entende que o grande projeto político que traz é mais importante do que a disputa. A disputa vai até a eleição e a escolha do partido. Feito isso o partido segue único e forte se consolidando como o maior partido de esquerda da América Latina”, afirmou, em entrevista à Tribuna.

Ainda na entrevista, a militar criticou o racismo estrutural que há no país. “Acredito que sim que existe um racismo estrutural que foi sufocador, controlador e levou os homens e mulheres negras a não se espelhar nos espaços de poder. Retiraram dos homens e mulheres negras desse país a possiblidade de sonhar em galgar espaço de poder. Nós estamos fazendo uma reviravolta conceitual muito importante quando trazemos e pautamos de ter uma candidata negra à prefeitura de Salvador”, pontuou. Também na entrevista fala sobre a escolha do candidato a vice, a conversa com os partidos aliados e poupa críticas aos adversários. “(Bruno Reis) é uma pessoa que está na vida pública há um bom tempo e estaremos juntos na disputa, com uma disputa de respeito, coragem para que Salvador escolha o seu melhor ou sua melhor candidata,” declarou.

Ao comentar sua atuação à frente da Ronda Maria da Penha, Denice defendeu que a luta contra a violência doméstica não pode se pautar apenas pelo combate. “Então, nós avaliamos e criamos dentro da Ronda Maria da Penha propostas para fazer o combate à violência doméstica, com viaturas e policiais treinados, mas também com ações de prevenção. Para que a mulher depois de sair do relacionamento abusivo possa ter outro relacionamento sem sofrer novos tipos de violência. Temos que dialogar com homens e mulheres para retirar da nossa cultura essa violência como uma coisa normal e natural”, pontuou.(TB)

Foto: divulgação

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