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ESPECIALISTAS COMENTAM SE PUGLIESI PODERÁ VENCER ‘CRISE’ SEM CONTRATOS

Redação - 29/04/2020 15:35 - Atualizado 29/04/2020

Gabriela Pugliesi tem sido um dos assuntos mais comentados no mundo das celebridades, desde que fez uma festa em sua casa, em São Paulo, na madrugada do domingo (26), em meio à pandemia do coronavírus. A influenciadora digital, especializada em boa forma, saúde e bem-estar, acabou se queimando com patrocinadores e perdendo parcerias comerciais ao contrariar a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) de se manter em quarentena. Estima-se que pelo menos 17 empresas tenham cancelado acordos comerciais com a influenciadora digital por conta da festa —que teve vídeos postados pela própria Pugliesi em suas redes sociais. Com a grande repercussão, Pugliesi —uma das primeiras celebridades brasileiras a contrair a covid-19—.começou a perder seguidores em grande escala e decidiu, então, suspender seu perfil no Instagram.

Sérgio Tristão, CEO da First 4 Digital e da First Icon, agência de casting de influenciadores que já trabalhou com Adriane Galisteu, Carolina Ferraz, Fernanda Keulla, Valeria Valenssa, Mirella Santos e Ceará, sugeriu que Pugliesi demonstre realmente ter se arrependido do erro. “Acredito que não só no caso da Gabriela, mas em qualquer situação em que o público se sinta ofendido, o principal é reconhecer o erro e tentar aprender com ele. Mostrar que verdadeiramente se arrependeu é ser humano. Todo o mundo erra e tem direito a uma segunda chance”, pondera.

Tristão discorda da estratégia adotada pela influenciadora de dar um tempo do Instagram. “Não acho que deletar as redes sociais seja a melhor opção neste caso. Acredito que ela tenha sido orientada a desativar o Instagram para parar de perder seguidores, que estavam caindo sistematicamente. Ela perdeu mais de 130 mil seguidores em menos de 24 horas.”

Tristão calcula que a influenciadora pode deixar de faturar até R$ 1 milhão a longo prazo. “É complicado falar sobre valores, pois cada cliente tem um tipo de contrato e vigência, e a maioria das ações são pontuais. Mas acredito que, por ela ter perdido contratos de longo prazo, o prejuízo em médio e longo prazo pode variar entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Até porque, por um determinado período, algumas marcas serão resistentes a uma nova parceria com ela, até que essa polêmica seja esquecida.”.

Já Ian Black, CEO da New Vegas, agência de publicidade especializada em estratégia e estruturas personalizadas para clientes como Bradesco, Next, P&G, John Deere, Duratex e Fundação Bradesco, acredita que ainda é cedo para opinar sobre os caminhos que Pugliesi deve seguir em sua carreira. “Não me arrisco a recomendar nada agora. Estamos em um cenário que não dá para definir o que vai acontecer com ela ainda”, afirma Black. “Ela vai ficar um tempo fora das redes e vai poder testar sua popularidade, a fim de entender qual é o melhor momento de voltar. Pode acontecer de algumas marcas entenderem que [a má fase] já passou e que aprendeu e queiram contratá-la para representar seus produtos.

Um dos fatores que podem prejudicar Gabriela Pugliesi na hora de fechar novos contratos é que, quando uma agência de publicidade procura um influenciador para representar determinada marca, ela exige uma série de critérios. Entre eles está o alinhamento de discurso, para saber que aquele influenciador compartilha os valores que a empresa prega.

“Uma coisa que a gente sempre faz é uma investigação, chamada background check, do influenciador. Olhamos os trabalhos que ele fez, os históricos dele nas redes sociais, se ele não se envolveu em nenhuma polêmica, se os valores dialogam com a marca”, explica Black.

-foto: instagram

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