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BATATA, TOMATE E CEBOLA SOBEM DE PREÇO E ELEVAM INFLAÇÃO DE SSA

Redação - 29/04/2020 08:30

Os alimentos estão pesando mais no bolso dos baianos. Neste mês de abril, os produtos essenciais como batata inglesa, cebola, tomate e cenoura, ficam até 46% mais caros e foram os principais vendedores de medições pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado ontem pelo IBGE. Segundo o IBGE, o IPCA-15 – que traz uma revisão de inflação oficial para o mês de abril – teve um crescimento de 0,09% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O número é quase idêntico ao registrado em março (0,10%). Nenhum país teve uma deflação de 0,01%. Entre os principais responsáveis ​​pela alta no custo da vida, estão produtos e serviços nos grupos de alimentação e bebidas, transporte e habitação.

As donas de casa já têm sentido ou peso dos alimentos no orçamento das famílias. “A minha sensação é que aumentou tudo, mas os produtos do dia a dia são como tomate, batata, cebola, pessoas percebem ainda mais fácil”, conta a casa Nilza Souza. Para ela, uma estratégia foi diminuir em quantidade. “São coisas que as pessoas vêm toda hora aqui em casa, então não dá para ficar sem, mas eu tenho muito menos o que vestir, seguramos a mão na hora de cozinhar para ter comida gostosa, mas sem muita comida” , relata.

Rita Rocha escolhe preparar substitutos. “Tomate e cebola mesmo eu não compreendi na última vez que fui no mercado. Fazer uma salada com outras coisas, incluindo folhas, pimentão, ficar procurando receitas que não usem o que é caro ”, conta. “Como a gente vai sempre na feira, sempre tem aquela corada pelo desconto né? O pessoal já conhece a gente”, brinca. Para o presidente da Associação das Donas de Casa, Selma Magnavita, todas as estratégias são válidas. “Se você consegue ficar sem comprar esse produto também é bom. Mesmo que você possa financeiramente poder, porque uma compra ou aumento de pessoas vai continuar. Mas se as pessoas deixam prateleira, como são produtos perecíveis, eles podem vender, até para relatório, então não tem saída por conta do preço que eles vão ter que pagar. É uma lei de oferta e procura que vale também para as pessoas ”, afirma.

Safra

Segundo ou IBGE, o valor dos alimentos básicos vem crescendo há três meses consecutivos, devido à influência de um movimento maior de alimentação na casa. Desta vez, entre os itens que mais aumentaram os preços estão cebola (+ 40,48%), batata inglesa (32,21%) e tomate (24,25%). O recorde é da cenoura: 46,39%. “Esses são objetos que já estão sendo notificados em pesquisas anteriores. O tomate e a cebola vêm há alguns anos com essas altas sazonais no início do ano, por problemas de safra ”, diz um analista do IBGE, Mariana Viveiros, que ainda observa que a maior parte desses produtos vem de fora do estado.

Chuvas

Questões climáticas que afetam um safra de produtos são justificadamente justificativas dos produtores para uma redução na oferta que acabou gerando uma alta de preços. “O Brasil é um país de dimensões continentais, então o calendário das safras fica muito aberto, cada período do ano é uma das principais regiões fornecedoras de produtos e qualquer pequena mudança pode usar a distribuição e os preços”, explica Evilásio Fraga, diretor executivo do Agropolo, que não é do estado da Bahia, é um dos principais responsáveis ​​pela produção de hortifrutos com aumento de preço.

Segundo ou produtor, uma situação atípica com excesso de chuva em regiões e secas em outras áreas do país acabou afetando como colheitas de uma forma geral. “O país que sofre esse tipo de falta de luvas é o que afeta a colheita por lá, qual é a principal região fornecedora desses produtos no país. Foi uma safra com uma oferta menor. A produção pesada de cerrado, região de Goiás, Minas, ainda não chegou e a Sul foi a menor por conta da seca ”, explica.

Além disso, pelas características dos produtos, qualquer alteração mínima na produção gera alteração de preço. “Aqui no Brasil as pessoas só consomem esses produtos como batata, tomate, são frescos consumidos. Não existe esse tipo de produto como acontece na Europa, por exemplo. Então aqui o que para produzir precisa ser vendido, por qualquer alteração na produção, para mais ou para menos, vai afetar o preço ‘, completa.

Foto: divulgação

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