O Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, atendeu pedido do senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da CPMI das fake News, e interrompeu o prazo para encerramento dos trabalhos da Comissão durante o estado de calamidade pública devido à pandemia do coronavírus. Esse prazo, agora, volta a contar quando o Congresso Nacional retomar a normalidade de suas atividades, interrompida em 20 de março. Quando os trabalhos presenciais pararam, ainda restavam 24 dias para o encerramento do prazo original da CPI, que era 13 de abril.
Dessa forma, como houve a prorrogação por 180 dias, quando as atividades forem retomadas o prazo da CPI que estará contando ainda será o original, e quando ele expirar, começará, então, a valer a prorrogação de 180 dias. Por que será? – A assessoria de Angelo Coronel disse em nota que o senador não se manifestará sobre o mandado de segurança impetrado no Supremo Tribunal Federal pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) tentando impedir a prorrogação do prazo da CPMI.
Segundo a nota, o senador baiano “aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a ação que tenta anular a prorrogação do prazo de encerramento dos trabalhos da Comissão. Angelo Coronel lembra que a prorrogação foi uma decisão do Congresso Nacional e que a ele, como presidente do colegiado, cabe apenas acatar a decisão que for tomada pela suprema corte”.
Por que será? – Na sessão remota do Senado desta 4a. feira, 22, Coronel fez uma rápida menção ao fato, perguntando, em pronunciamento, por que será que um dos filhos do Presidente da República tenta impedir a continuação dos trabalhos da Comissão e outro filho de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, ataca a CPI nas redes sociais. O senador também lembrou as manobras do governo para tentar impedir a extensão do prazo da CPMI, envolvendo ministros na tarefa de convencer senadores a retirarem as assinaturas do requerimento que pedia a prorrogação.
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