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BUSCA POR EMPRÉSTIMOS CRESCE, MAS CRÉDITO SEGUE RESTRITO E CARO

Redação - 19/04/2020 10:00

Empresas e donos de pequenos negócios continuam enfrentando dificuldade para ter acesso a empréstimos e a linhas com juros mais baixos, mesmo após uma série de medidas anunciadas pelo governo federal e pelo Banco Central. Em meio aos impactos da pandemia do novo coronavírus e temor de aumento da inadimplência, os bancos estão mais seletivos e restritivos.

Segundo informações do G1, para o crédito chegar a quem precisa e com taxas e condições mais atrativas, é necessário uma maior atuação dos bancos públicos e também mais linhas garantidas por recursos do Tesouro Nacional – aos moldes da que foi criada para financiar salários de pequenas e médias empresas, e que será operacionalizada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que as taxas de juros das operações de crédito tiveram uma ligeira alta em março. A taxa de juros média nas linhas para pessoa física passou de 5,76% ao mês (95,82% ao ano) em fevereiro para 5,79% ao mês (96,49% ao ano) em março. Já a taxa de juros média nas linhas para pessoas jurídicas oscilou de 3,12% ao mês (44,58% ao ano) em fevereiro para 3,17% ao mês (45,43% ao ano) em março.

Já na linha emergencial para financiar salários dos trabalhadores, na qual o Tesouro Nacional arcará com 85% dos R$ 40 bilhões ofertados, os juros são de 3,75% ao ano – taxa de juros equivalente ao CDI.

De acordo com o diretor executivo da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, mesmo com a queda da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 3,75%, e com as medidas do Banco Central para ampliar a liquidez, as taxas cobradas pelos bancos nas diversas linhas seguem com tendências de alta.

“As condições de crédito pioraram, sejam na elevação das taxas de juros ,seja porque os bancos em um ambiente de maior risco de crédito estão mais seletivos e restritivos por não saberem por quanto tempo esta crise vai permanecer e os reais impactos nas empresas”, afirma Oliveira.

 

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Foto: Reprodução/ maisoeste.com.br

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