Após demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde anunciada na tarde desta quinta-feira, 16, em Brasília, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nomes da política brasileira usaram suas redes sociais para repercutir a decisão do chefe do Palácio do Planalto.
Para o governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB-SP), a saída de Mandetta representa uma grande perda para o Brasil. “A saída do Mandetta é uma perda para o Brasil. Agradeço o apoio e contribuição com o Estado de SP no combate à pandemia. Desejo êxito ao novo Ministro da Saúde, Nelson Teich, e espero que siga procedimentos técnicos e atenda às recomendações da OMS”, declarou Dória.
O presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), homenageou o ex-ministro em pleno plenário. “Aproveito, e tenho certeza que falo em nome da maioria da Câmara dos Deputados, no momento em que o ministro Mandetta anuncia que foi demitido pelo presidente da República, a nossa homenagem ao ministro Mandetta, à sua dedicação, ao seu trabalho, à sua competência”, disse Maia.
O ex-candidato a presidência, Guilherme Boulos (PSOL-SP), disse: “Mandetta foi presidente de planos de saúde, foi contra os médicos cubanos e votou a favor do Teto de Gastos que tirou R$ 9 bilhões do SUS. É incrível que, com tudo isso, tenha perdido o cargo de Ministro por suas virtudes, não por seus vícios. Só no governo genocida de Bolsonaro […] Quem deveria ter saído era o presidente, não o ministro. Simples assim”
O deputado Alessandro Molon (RJ), líder do PSB na Câmara, disse que “desde o começo desta crise, Bolsonaro escolheu o caminho da negação e guiou suas decisões pelo achismo”.
Primo de Mandetta, o deputado federal Fábio Trad (PSB-MS) falou para o ex-ministro não se abater, criticou a saída e afirmou que “ser demitido deste governo é ser absolvido pela História”.
Por meio de nota oficial, o prefeito de Salvador e presidente da sigla dos Democratas (DEM), ACM Neto, lamentou a saída de Mandetta, exaltou o trabalho que vinha sendo realizado por ele e falou da expectativa do novo ministro Nelson Teich.
Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo